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    Marcada pela crise e pela falência, Detroit ensaia retomada

    EDUARDO GERAQUE
    EM DETROIT

    08/10/2015 02h00

    As imagens de fábricas abandonadas, de quarteirões imensos em ruínas e de grandes prédios que parecem mal-assombrados são apenas parte da história atual de Detroit.

    A cidade do Estado de Michigan, que já foi grande centro industrial dos EUA e que decretou falência em 2013, está apostando na retomada. Além disso, tem muita história. E seus belos e grandes museus ilustram bem isso.

    O Motown Historical Museum, na verdade uma casa acanhada restaurada mais ou menos perto do centro, é imperdível para os interessados em música americana.

    Naquele mesmo local, nomes como Diana Ross e o grupo Jackson Five gravaram suas primeiras músicas. Parte do estúdio original pode ser visto pelos visitantes.

    De volta para o meio da cidade, a área dos museus oferece duas grandes atrações, uma praticamente do lado da outra. O Instituto de Artes, aberto após a Primeira Guerra Mundial, quando Detroit vivia seu apogeu, abriga, entre quadros de Degas e Cézanne, o famoso mural de Diego Rivera conhecido como "Detroit Industry".

    Ao lado, o Charles H. Wright Museum of African American History tem uma das maiores coleções do mundo sobre cultura afro-americana.

    Hoje, os dois museus mais as universidades que voltaram a se instalar na cidade, dão vida ao miolo de Detroit. Se casais com filhos não optam maciçamente por morar na região –por causa da estrutura ainda incipiente de educação pública–, jovens com menos de 30 anos fizeram essa escolha.

    No centro, muitos hotéis começam a ser reconstruídos. Outros, assim como restaurantes charmosos, proliferam.

    Detroit também tem um zoológico que serve de casa para dois ursos-polares, pinguins e cangurus, e é muito interessante para as crianças.

    Meio-Oeste dos EUA

    PARA VER ESPORTES

    Para os amantes dos esportes nacionais americanos (beisebol, hóquei sobre o gelo e futebol americano) os palcos também estão no centro –junto com os cassinos.

    Durante as temporadas de jogos, é só dar uma olhada na tabela dos jornais locais e seguir o fluxo das pessoas.

    Os moradores da cidade adoram os Red Wings (hóquei), os Tigers (beisebol) e os Lions (futebol da bola oval). Para quem prefere basquete, a excepcional arena do Detroit Pistons fica a cerca de 45 minutos do centro.

    No subúrbio, outra grande atração: o Henry Ford Museum, ao lado das históricas fábricas da Ford, que ainda funcionam, sem crise.

    O espaço é uma ode à inovação tecnológica. Carros, trens, máquinas e mais máquinas, além dos aviões –sem nenhuma menção ao brasileiro Santos Dumont.

    A limusine onde estava o presidente John Kennedy quando foi baleado em 1963, está lá, com sangue e tudo.

    Entre as atrações para as crianças, é possível simular a montagem do Modelo T (a grande invenção de Henry Ford, que inaugurou a linha de montagem de carros em todo o mundo).

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