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    Passeio desbrava Belo Horizonte a bordo de tuk-tuks

    JOSÉ MARQUES
    DE BELO HORIZONTE

    26/11/2015 02h00

    Luis Evo/Folhapress
    Legenda:SAO PAULO, SP, BRASIL, 18-10-2015, 16:30h. Hermano Cabernit, 73, advogado e Luciana alves, 49, cabelereira se preparam para um passeio dentro do roteiro sugerido pelo Tuk Tuk. (Luis Evo/Folhapress TURISMO) *** EXCLUSIVO FOLHA *** ORG XMIT: LUIS EVO
    Os turistas Hermano Cabernite, 63, e Luciana Alves, 49, embarcam em passeio de tuk-tuk em BH

    "Estamos na Índia!", exclamou o turista carioca Hermano Cabernite, 63, ao avistar um tuk-tuk, tipo de triciclo motorizado popular em países do Sudeste Asiático.

    O detalhe é que o veículo estava estacionado em plena praça da Liberdade, no centro de Belo Horizonte.

    Ele é um dos que compõem a frota de uma empresa que aposta justamente no exotismo para oferecer passeios pelos principais pontos turísticos da capital mineira.

    Em operação desde junho deste ano, a Tuk Tour (tuktour.com.br) fechou parceria com hotéis para levar hóspedes e visitantes da cidade a locais como a lagoa da Pampulha, o Mercado Central e o estádio Mineirão.

    Com lataria e toldo pintados de amarelo, os triciclos chamam a atenção. É comum ver, com o veículo estacionado na praça, pequenas aglomerações de turistas e moradores se encostando para tirar uma foto ao lado dele.

    O passeio custa R$ 30 por hora para cada passageiro (em um tuk-tuk cabem até dois adultos e uma criança), ou R$ 15 por 20 minutos.

    Há quatro opções de rota predeterminadas: pela região da lagoa da Pampulha, no entorno do Mercado Central, pela serra do Curral e o parque das Mangabeiras e entre a praça da Liberdade e o boêmio bairro Savassi.

    Os condutores explicam as sugestões de roteiro, e são os clientes que escolhem para onde desejam ir.

    O português Caetano Souza é um dos pilotos do tuk-tuk belo-horizontino. Ele veio para a América do Sul "empurrado pela crise" em 2012. Fala fluentemente espanhol, inglês e francês.

    Além dele, os outros dois condutores dos triciclos de BH falam ao menos duas línguas. Para pilotar um tuk-tuk, eles têm habilitação tipo A, destinada a veículos de duas ou três rodas.

    Por ora sem concorrentes na capital mineira, a Tuk Tour tenta expandir o negócio, na forma de franquia, para outras cidades.

    "Estamos praticamente fechados para começar a operar em Ouro Preto", diz Nelson Vilaça, um dos sócios.

    Ao desembarcar na cidade, o serviço ganhou a desconfiança de taxistas, que temiam a competição –embora o tuk-tuk circule a no máximo 40 km/h e apenas em rotas turísticas. O preço também não é propriamente competitivo.

    "Não tem nada a ver, isso é um passeio diferente. Eu nunca faria se fosse dentro de um táxi", disse o carioca Cabernite antes de embarcar no triciclo "indiano" e partir para explorar Belo Horizonte.

    INVASÃO

    O uso de tuk-tuks como meio de transporte no Brasil é incipiente, mas não restrito à capital mineira.

    Em Brasília, o bar Godofredo oferece a carona nos triciclos até a casa de clientes que beberam além da conta. Em São Paulo, o restaurante Tian (no Itaim), de cozinha asiática, também usa o veículo para levar clientes para passear.

    Tuk-tuks também já circulam como transporte alternativo em cidades de menor porte, casos de Araçatuba (SP) e Monteiro (PB).

    *

    TUK TOUR
    ONDE lagoa da Pampulha; Mercado Central; serra do Curral e parque das Mangabeiras; praça da Liberdade e Savassi
    QUANTO R$ 30 (1h) ou R$ 15 (20 min), por pessoa
    MAIS tuktour.com.br

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