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    Castelo em Hondarríbia hospedou de Cervantes a Pedro Almodóvar

    SILVIO CIOFFI
    ENVIADO ESPECIAL AO PAÍS BASCO

    07/01/2016 02h00

    Na desembocadura do rio Bidasoa, na costa da província de Guipúscoa, Hondarríbia (cujo nome espanhol é Fuenterrabía) há um balneário onde vivem permanentemente 16,9 mil pessoas, cercado de casas elegantes e de veleiros por todos os lados.

    E é na região elevada da cidade, onde ficam o Parador de Hondarríbia e a praça Mayor, que ela revela a sua localização estratégica e a sua vocação cênica, especialmente ao nascer do sol.

    Das janelas desse Parador, que foi castelo do rei Carlos 5°, e cujas origens remontam ao século 10, avista-se, do outro lado do rio, a França.

    Ao lado da praça Mayor fica a imensa igreja gótica de Santa Maria –que, curiosamente, tem uma torre de outro estilo, o barroco.

    Cidades Pais Basco

    ONTEM E HOJE

    Consta que Hondarríbia foi fundada pelo rei visigodo Recaredo no século 6º.

    No ano 1150, o nome da cidade aparece mencionado em uma carta que o rei navarro Sancho, o Sábio, enviou a são Sebastião.

    A fortaleza, que no tempo de Carlos 5º foi um quartel habitado por 600 soldados, teria, também, origem mais do que ancestral. Suas paredes de pedras têm mais de três metros de espessura e, diz a lenda, até mesmo o escritor Miguel de Cervantes lá se hospedou.

    Hoje, o Parador, que tem na sua coleção tapeçarias belgas que valem uma fortuna, entre outras importantes peças de arte e decoração, oferece apenas 36 quartos –um dos seus hóspedes habituais é o cineasta espanhol Pedro Almodóvar.

    Uma das saídas desse velho centro medieval, a porta de Santa Maria ainda é cercada por muralhas.

    FESTAS POPULARES

    Na Sexta-Feira Santa, uma procissão percorre a cidade em silêncio e, no Natal, há uma espécie de Papai Noel local, retratado em vestes modestas e fumando cachimbo.

    Já em agosto, quando seu porto inicia a jornada da pesca de atum e de sardinha, Hondarríbia mostra-se em festa e passeia descontraída no calçadão diante do mar, onde há construções elegantes.

    O quarteirão dos pescadores tem casas mais modestas de fachadas coloridas e as igrejas de Santa Maria Madalena e de São Pedro estão ali situadas.

    A cidade de Hondarríbia é a última antes da fronteira com a França, onde estão outras cidades de cultura basca, como Saint-Jean-de-Luz e Espelette.

    O jornalista viajou a convite da Insight

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