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    Jovem burla proibição e escala Grande Pirâmide do Egito; assista

    GUSTAVO SIMON
    DE SÃO PAULO

    10/02/2016 12h00

    Dizem alguns guias de viagem que escalar as pirâmides do Egito, uma das sete maravilhas do mundo antigo, era permitido –quiçá configurava passeio daqueles obrigatórios– até os anos 1980.

    O tempo passou, a consciência acerca da preservação cresceu e a atividade se tornou passível de prisão. E nem isso impede algumas figuras de tentar a façanha.

    O último aventureiro foi um alemão de 18 anos, que, como bom representante de sua geração, logo jogou fotos e vídeos na internet (que viralizaram; só no Instagram foram 16 mil curtidas).

    Andrej Ciesielski tem diversas publicações nas redes sociais do chamado "roofing" –escalada sem proteção em prédios e monumentos.

    Depois de se arriscar em cidades como Nova York e Dubai, em meados de janeiro o jovem escalou os mais de 140 metros da Grande Pirâmide.

    Segundo ele, foram oito minutos de subida -puxada no começo, porque rápida, para ganhar tempo em relação a uma eventual chegada da polícia, mas tranquila "como uma trilha na montanha".

    De acordo com seu relato, um ambulante que o viu no começo da escalada só deu risada; na metade do caminho, pessoas gritaram em árabe, provavelmente pedindo para ele descer.

    No alto, ele passou não mais do que cinco minutos fazendo fotos, para não deixar os policiais, já acionados, "ainda mais bravos".

    "Quando vi as outras pirâmides lá de cima, não podia acreditar que foram erguidas por humanos. Foi uma experiência incrível", limitou-se a dizer o jovem, quando perguntado por e-mail pela Folha se o ambiente era parecido com o que imaginava pelos livros.

    No vídeo, se vê a paisagem desértica da região, a grandiosidade das pirâmides e, surpresa, o vandalismo de pessoas que deixaram gravações nas pedras milenares.

    Depois de 20 minutos de descida, Ciesielski foi levado a uma delegacia, mas liberado em cerca de uma hora.

    De Munique, onde mora com os pais, ele negou à reportagem que tenha recebido um comunicado de banimento, do governo egípcio ou de órgãos da diplomacia alemã (informação veiculada pela mídia local). Ainda assim, afirma que não deve voltar.

    Nas redes sociais, comentários criticaram sua atitude. Ele afirma não ligar para isso.

    Andrej Ciesielski

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