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    Para salvar seus monumentos, Roma pede R$ 1,9 bi a empresas e cidadãos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    25/05/2016 02h00

    Andrew Medichini-22.fev.2008/Associated Press
    ORG XMIT: 030701_1.tif The Roman Forum is seen Friday, Feb. 22, 2008. Rome's archaeological officials said Thursday Feb. 21 they are ending a decade-long policy of free visits to the Roman Forum and will start charging entry to the city's ancient power center on March 10. Access to the Forum will be included in a single 11 (US$16) ticket that visitors already pay to enter the nearby Colosseum and the Palatine Hill. Officials say the proceeds will be destined to increasing security and restoration works at the Forum and other sites in Rome. (AP Photo/Andrew Medichini)
    Foto de arquivo do fórum romano, na capital italiana

    Amigos, romanos, concidadãos... E pessoas de outros países, empresas e quem mais estiver disponível.

    A cidade de Roma está em busca de uma ajuda no valor de € 500 milhões (o equivalente a R$ 1,97 bilhão) para financiar a restauração de uma centena de seus monumentos históricos mais emblemáticos –e evitar que eles caiam em ruínas.

    Com uma dívida na casa dos € 12 bilhões e persistentemente sem fundos para cuidar da maneira ideal de seu legado de dois milênios de arte e história, as autoridades municipais lançaram nesta terça-feira (24) a campanha "100 propostas para patronos".

    A iniciativa lista projetos de restauro e manutenção que a prefeitura espera que patrocinadores –incluindo cidadãos comuns– estejam dispostos a "adotar"

    "Ajudem-nos para que Roma continue sendo uma referência de beleza no mundo e fazendo com que se fale dela", pediu, em conversa com a imprensa, Francesco Paolo Tronca, prefeito interino de Roma (eleições estão previstas para junho).

    O modelo segue, por exemplo, projetos como o da Fendi, que bancou as reformas que devolveram o esplendor a muitas fontes famosas –incluindo a favorita dos turistas, a de Trevi– depois dos estragos da poluição e dos pombos, e da Bulgari, que está patrocinando o restauro da escadaria espanhola, no coração do bairro de compras mais chique da cidade.

    O governo do Azerbaijão ajudou a restaurar parte do museu Campidoglio, e duas empresas bancaram o sistema de iluminação que fez do bulevar ao lado do fórum imperial um passeio noturno romântico.

    A prefeitura quer agora que mecenas do século 21 ajudem a manter –com reformas estruturais ou ajustes superficiais– diversos outros pontos.

    A lista de projetos apresentados, segundo a agência Associated Press, inclui fontes próximas ao Panteão, na praça Navona e no parque Villa Borghese, as termas e o fórum de Trajano, a escadaria do prédio da prefeitura, o Ludus Magnus (que foi a principal escola de gladiadores, próxima ao Coliseu) e a zona sacra do largo di Torre Argentina.

    Os patrocínios também podem ajudar a reabrir para o turismo monumentos há muito fechados, como o mausoléu de Augusto.

    Mas a agência AFP noticiou que Tronca reconheceu que o desafio maior é convencer moradores a contribuir financeiramente com reformas depois de a prefeitura estar envolvida em um escândalo que revelou corrupção generalizada na administração da cidade.

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