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    Há mais para fazer na Nova Zelândia do que saltar de bungee-jump

    RODRIGO RUSSO
    ENVIADO ESPECIAL À NOVA ZELÂNDIA

    18/08/2016 02h00

    O brasileiro que cruza o mundo ou o oceano Pacífico para chegar à Nova Zelândia sai do país com a sensação de que a viagem é longa, mas a jornada vale a pena.

    De norte a sul do país, há uma grande variedade de atrações. O turista pode apreciar paisagens de praias e montanhas, participar de passeios gastronômicos ou desafiar seus limites e o frio na barriga nos mais diversos esportes radicais, de bungee-jumps a raftings.

    Em comum, todas essas atividades sempre revelam algo sobre a cultura maori, que permeia o cotidiano neozelandês. Os maoris são integrantes de um povo indígena de ilhas polinésias que migraram para a Nova Zelândia por volta do século 13 d.C. Mais de 10% dos 4 milhões de habitantes do lugar pertencem a essa etnia.

    Wellington, a capital do país, é o destino ideal para se aprofundar no assunto. A cidade abriga o museu Te Papa Tongarewa, algo como "o lugar dos tesouros desta terra" no idioma maori. O local é mais conhecido como Te Papa ou Our Place ("nosso lugar", em inglês) e tem vasta coleção de objetos, artefatos e documentos relevantes para o povo indígena.

    Embora a entrada seja gratuita, é recomendável investir em uma visita guiada, com preços a partir de 16 dólares neozelandeses (R$ 36,50). A experiência permite que o visitante ouça explicações sobre a criação do mundo ou a chegada dos primeiros habitantes ao país diretamente de monitores da etnia maori.

    Rangimoana Taylor foi o guia da Folha pelo Te Papa. Experiente contador de histórias, Taylor consegue entrelaçar sua narrativa pessoal aos objetos do acervo.

    Armas de combate se tornam instrumentos para memórias de quando o guia aprendeu a manuseá-las com sua família. Um grande pórtico, que antes funcionava como "posto de fronteira" para uma aldeia, é o pretexto para relembrar o quanto o povo valoriza seus ancestrais.

    "Fui o primeiro de meu vilarejo a aprender inglês e a cursar uma faculdade. Quando falo disso, honro meus avós, que deixaram seu território e aceitaram trabalhos precários na capital para me oferecer essa possibilidade. Há sempre algo antes de nós que nos permite ser quem somos", conta Taylor.

    KIWI NÃO VOA

    Aprende-se ali também que o apelido "kiwi", conferido aos neozelandeses, não vem da fruta, mas de um pássaro nativo do país. De tamanho equivalente ao de uma galinha, penugem marrom e jeito desengonçado, o kiwi é uma ave que não voa.

    Apesar disso, segundo a lenda maori, há razões de sobra para ter orgulho de levar seu nome. O pássaro foi o único que respondeu ao chamado do deus das florestas para descer do alto das plantas, viver na terra e assim salvar suas filhas, as árvores, adoecidas pelo incessante ataque de insetos em suas bases.

    Por esse sacrifício, o deus das florestas prometeu que o kiwi seria o mais conhecido e mais querido pássaro de todos. Ao menos nas ilhas da Nova Zelândia, essa promessa se tornou realidade.

    De Auckland, no extremo norte, a Queenstown, no extremo sul, referências ao kiwi acompanham o trajeto do viajante –e a ave é tema constante de suvenires.

    O jornalista viajou a convite da Tourism New Zeland

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    SAIBA MAIS SOBRE A NOVA ZELÂNDIA

    FUSO HORÁRIO
    + 15 horas em relação a Brasília

    MOEDA
    Dólar neozelandês (1 = R$ 2,31)

    CAPITAL
    Wellington

    VISTO
    Brasileiros estão dispensados (para ficar até 90 dias)

    *

    PACOTES

    US$ 345 (R$ 1.095)
    Preço por pessoa para sete noites em quarto duplo no hotel Econo Lodge City Central, em Auckland. Não inclui café da manhã, passeios ou passagens aéreas. Na E-HTL Viagens: (11) 3138-5656; e-htl.com.br

    US$ 1.709 (R$ 5.424)
    Preço por pessoa para pacote de oito noites em Auckland, Rotorua e Queenstown. Com passeio a cavernas de Waitomo. Sem aéreo no valor. Na Kangaroo Tours; (11) 3509-3800; kangaroo.com.br

    R$ 5.582
    Nove noites no hotel Nomads Fat Camel, em Auckland, em quarto duplo, com aéreo incluído. Sem passeios. Na Submarino Viagens: (11) 4003-9888; submarinoviagens.com.br

    R$ 6.474
    Cinco noites no The Cambridge Hotel, em Wellington, com café da manhã. Passagens aéreas inclusas. Na Decolar.com

    R$ 7.423
    Cinco noites no hotel Stamford Plaza, em Auckland, com passagens aéreas e transporte do aeroporto até o hotel. Preço por pessoa, em apartamento duplo. Na Latam Travel Brasil: (11) 3272-1313 e 0300-777-2000; latamtravel.com

    R$ 9.969
    Pacote de seis noites em três cidades: Rotorua, Queenstown e Auckland. Preço por pessoa, com café da manhã incluso, além de dois almoços e um jantar. Inclui passeio pelo set de filmagens do filme "O Hobbit", com guia. As passagens aéreas não fazem parte do pacote. Na Agaxtur: (11) 3067-0900; agaxturviagens.com.br

    US$ 5.138 (R$ 16.309)
    Preço por pessoa para 12 noites em nove cidades, incluindo Auckland, Queenstown e Rotorua. Em quarto duplo, com café da manhã, transporte do aeroporto para o hotel e passeios. Sem aéreo. Na CVC: (11) 3003-9282; cvc.com.br

    US$ 8.329 (R$ 26.438)
    Preço por pessoa para roteiro de dez noites, passando por Auckland, Rotorua, Waiheke Island, Queenstown e Franz Josef. Com café da manhã. Não inclui passagens desde o Brasil. Na Queensberry: (11) 3217-7601; queensberry.com.br

    US$ 10.800 (R$ 34.282)
    Pacote de quinze noites entre Austrália e Nova Zelândia, passando por Sidney, Melbourne, Queenstown e Auckland. Preço por pessoa, em quarto duplo, com café da manhã. Aéreo não incluso. Na Interpoint: (11) 3087-9400; interpoint.com.br

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