A Polícia de Fronteiras do Canadá anunciou, nesta semana, o lançamento de uma campanha dirigida a turistas americanos para que não entrem no país com armas de fogo.

"A Agência de Serviços Fronteiriços do Canadá recomenda deixar suas armas de fogo em casa, se quiserem viajar para o Canadá", declarou o órgão, ao divulgar uma "campanha de sensibilização".

"É altamente recomendável não transportarem suas armas de fogo quando viajarem para o Canadá e quando estiveram de passagem para outro destino dos Estados Unidos", completou a polícia, em um comunicado.

"As leis canadenses sobre armas de fogo são muito claras. O fato de não declarar uma arma de fogo pode implicar uma sanção, um confisco, uma ação judicial ou a proibição de voltar a entrar no Canadá. Seu veículo também pode ser apreendido e, nesse caso, teria de pagar uma multa para recuperá-lo".

A maior parte das armas de fogo apreendidas na fronteira entre os dois países é, aparentemente, de americanos que querem entrar no Canadá, segundo a agência.

A Polícia de Fronteiras recolheu 413 armas de fogo nos seis primeiros meses do ano, um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2015.

Essa campanha foi lançada depois de um incidente recente na província de New Brunswick (leste), envolvendo dois americanos do Texas.

Os homens, ambos na faixa dos 50 anos, que viajavam separados, não declararam aos agentes federais que levavam armas em seus veículos. Em inspeções, os agentes da alfândega descobriram revólveres, uma pistola de alto calibre, um fuzil, gás lacrimogêneo e munições.

Depois de serem levados à Justiça, os dois foram obrigados a pagar multas de US$ 1.700 e US$ 1.000, respectivamente. Suas armas foram apreendidas e eles acabaram expulsos do Canadá.

"A utilização de armas de fogo para assegurar sua proteção pessoal e a de seus bens não é considerada um motivo válido para importar armas para o Canadá", afirmou a Polícia canadense de fronteiras.