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    Pirenópolis oferece cachoeiras e 'brunch' com ingredientes do cerrado

    BRUNO MOLINERO
    ENVIADO ESPECIAL A PIRENÓPOLIS

    08/12/2016 02h00

    Pelo caminho, pequis, bacuparis e cagaitas. Além de caraívas e outras espécies de árvores que têm troncos retorcidos. Tamanduás e lobos-guará escondidos no mato.

    Sair de Pirenópolis pela serra dos Pireneus em busca de uma das 96 cachoeiras que se espalham pela paisagem (cerca de 30 abertas ao público) é uma atração por si só. Da janela do carro, a imaginação tenta entender como aquela vegetação seca do cerrado preserva tantas nascentes e rios de água fria –ideais para aplacar o calor que pode bater os 35ºC.

    No horizonte a se perder de vista, fazendas e propriedades de antigos hippies perceberam que o turismo pode ser uma boa maneira de se ganhar dinheiro. E criaram planos para receber visitantes que partem a procura das quedas d'água. Todas a um raio de, no máximo, 55 km.

    Entre elas, está a Vagafogo, uma reserva particular de natureza preservada que oferece atividades radicais como arvorismo, rapel e tirolesa, além de caminhada numa mata que soma 15 hectares.

    Ao se embrenhar pela vegetação, logo se vê um jatobá de mais de 300 anos de idade, cajus maduros e bugios sobre os galhos.

    No fim das atividades, um "brunch" com produtos típicos é oferecido para matar a fome, a partir de um cardápio que contém suco de jaboticaba, iogurte com ervas frescas, geleia de manga com maracujá, queijo fresco e outras iguarias produzidas na propriedade. O pacote com todas as atrações e comidas inclusas sai por R$ 205 por pessoa.

    Mas nem tudo custa tão caro nos arredores. O acesso a cachoeiras em outras propriedades varia de R$ 15 a R$ 50, em média. A maior parte tem infraestrutura com restaurante e estacionamento, já que a única maneira de ir até lá é com carro próprio ou contratando um pacote de agência turística em Pirenópolis.

    Uma das principais opções dos 500 mil turistas que visitam a cidade anualmente é a cachoeira do Abade: uma queda d'água de cerca de 20 metros de altura, em frente a um paredão de pedras. No local, duas trilhas levam a outras cascatas menores –e também mais vazias, já que a principal pode virar uma muvuca nos dias de sol.

    Na cachoeira das Araras, um poço de 90 m² permite que os visitantes pulem do alto das pedras. A do Lázaro parece uma prainha rodeada de areia branca. Enquanto a Meia Lua tem 200 metros de corredeiras e uma piscina natural para tomar banho.

    Para quem ainda tiver fôlego (e uma boa bicicleta adaptada para terrenos acidentados), uma rota de cicloturismo de cerca de 250 km pelo Parque Estadual da Serra dos Pirineus leva à cidade de Goiás, outro dos destinos históricos da região e onde nasceu e morreu a escritora Cora Coralina (1889-1985).

    O jornalista viajou a convite do Enecob (encontro de jornalistas de turismo)

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