Viajar sozinho, entre outros benefícios, significa jamais ter de aceitar compromissos quanto aos seus planos. Mas alguns destinos, por motivo de linguagem, facilidade de transporte, custo ou nível de hospitalidade, parecem mais atraentes. Abaixo, cinco lugares que se enquadram nessa descrição.

Riviera Maya, México

Se você está em busca de aventuras praianas, convém prestar atenção em um destino diferente dos resorts que se alinham pela costa caribenha da Península do Yucatán, em sua maioria voltados a casais em lua de mel ou famílias, e escolher como base a movimentada cidade de Playa del Carmen. Além de suas praias, ela oferece viagens rápidas de balsa a Cozumel, para quem deseja mergulhar no Recife Mesoamericano.

De noite, Playa, o nome pela qual a cidade é mais conhecida, oferece muito entretenimento, por exemplo restaurantes ao ar livre, casas de dança à beira da praia e lojas abertas até bem tarde na Quinta Avenida, uma via para pedestres.

As acomodações variam de pousadas baratas afastadas da praia a grandes resorts construídos nela. Os viajantes destinados à Riviera Maya chegam lá via Cancún.

Dublin, Irlanda

"Dublin é perfeita para pessoas que estão viajando sozinhas pela primeira vez", disse via e-mail Roberto Firpo-Cappiello, editor chefe da revista digital de viagens "Budget Travel". "Todo mundo fala inglês, é fácil se orientar na cidade e os moradores locais são incrivelmente acolhedores e prestativos".

Os irlandeses são famosos pelo amor aos pubs, e ninguém encarará com desconfiança um visitante solitário no Davy Byrnes, onde Leopold Bloom, o protagonista de "Ulysses", de James Joyce, costumava beber. Há muitas excursões; quem quiser conhecer a cidade de modo mais esportivo pode recorrer à Sight Jogging Dublin Tours.

Tailândia

É um país distante, e o idioma é indecifrável para muita gente, mas a Tailândia une cultura única, belas praias e ótimo valor.

No Sudeste Asiático em geral, segundo Firpo-Cappiello, "a infraestrutura de viagem é muito sólida, e muitos de nossos leitores reportam que tiveram facilidade para se deslocar, conhecer outros viajantes que estavam na estrada sozinhos, e que o inglês é falado em muitos lugares".

Bancoc é o ponto de partida natural, e de lá é fácil se deslocar para as praias do sul do país ou as colinas do norte. Os preços acessíveis da Tailândia são um grande atrativo.

"É realmente barato, e você pode se hospedar em hotéis de luxo por menos de US$ 50 por noite, ou em bangalôs de praia", disse Lisa Imogen Elfridge, que escreve o blog GirlabouttheGlobe, sobre viagens solo. "A comida de rua é fantástica e um pad thai feito na hora custa menos de US$ 2".

Vancouver, Canadá

Com seu pique descontraído típico, da costa do Pacífico, população diversa, clima temperado e acesso a atrações naturais, Vancouver talvez seja a cidade canadense que melhor recebe o viajante sozinho.

Para quem gosta de caminhadas, Vancouver tem uma floresta tropical dentro da cidade, o Stanley Park. Ou é possível fazer caminhadas na trilha Grouse Grind, na vizinha Grouse Mountain.

A cena culinária da cidade aproveita a fartura do Oceano Pacífico e da região de Okanagan, a área vinícola da província da Colúmbia Britânica. Você pode cozinhar um banquete progressista no Granville Island Public Market ou visitar a elegante Yaletown ou a emergente Gastown para toda espécie de atração, de bares de ostra a casas de chá.

Islândia

Para quem viaja em busca de aventura, a Islândia oferece trilhas montanhesas desafiadoras, lagos de água quente e a oportunidade de observar baleias.

"A Islândia é um de meus países favoritos para quem viaja desacompanhado", disse por e-mail Matt Kepnes, que mantém o blog Nomadic Matt, sobre viajar sozinho. "Os moradores locais são realmente amistosos e acolhem bem os forasteiros", e, acrescentou ele, "o país é o mais seguro do mundo; você não precisa se preocupar quanto a crimes".

Tradução de PAULO MIGLIACCI