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    Moorea, na Polinésia Francesa, oferece hospedagem fora dos resorts

    LÍGIA MESQUITA
    ENVIADA ESPECIAL À POLINÉSIA FRANCESA

    05/01/2017 02h00

    Moorea, um dos lugares mais bonitos da Polinésia, tem um quê de Ilhabela, no litoral paulista. Na ilha vulcânica de 18 mil habitantes, além de praias, há montanhas e cachoeiras.

    A chegada, vindo de Papeete, no Taiti, é via balsa. A travessia de 17 km leva em torno de 40 minutos e sai por US$ 15 (R$ 49). Assim como em Bora-Bora, ali é possível nadar entre tubarões e arraias e observar corais e peixes. Algumas agências também oferecem tour de observação de baleias e golfinhos.

    Para quem quiser dar um tempo de água, há passeios com visitas a plantações de abacaxi e parada no mirante Belvedere. De lá, avista-se as duas principais baías de Moorea: a Cook, batizada em homenagem ao capitão inglês James Cook, e a de Opunohu.

    Como a região é grande, dá para abrir mão do resort e aproveitar opções de hospedagem mais em conta, caso do Moorea Beach Lodge –uma espécie de bed and breakfast de charme, com uma praia particular.

    A gastronomia francesa é forte na ilha, com restaurantes que misturam ingredientes europeus aos da Polinésia. É o caso do Le MayFlower, que tem no cardápio carpaccio de atum com foie gras e abacaxi, entre outras delícias.

    CAPITAL DE UM DIA

    Acredite, praias feias também existem na Polinésia. E fica em Papeete, a capital do Taiti. A cidade, que tem aeroporto internacional, hospital, supermercado e shoppings, não tem pontos turísticos imperdíveis nem praias bonitas –a água ali é escura, sem paisagens encantadoras.

    Portanto, não vale a pena passar mais que um dia por lá. O passeio mais legal e manjado é visitar o mercado. É aquele programa sem erro: você vai comer bem, tomar sorvete de sabores exóticos (como tiarê, a flor-símbolo do país, por US$ 2,50; R$ 8,20), ver artesanatos, tirar fotos das bancas de flores e comprar lembrancinhas.

    Para almoçar ou fazer um lanche, uma boa opção é o café Maeva, no segundo andar do mercado, que tem pratos bem servidos. Entre eles, o típico peixe cru feito ao leite de coco (US$ 19; R$ 62), possível de achar em várias ilhas. É uma espécie de ceviche local, com pepino, tomate e salsinha, feito com atum ou mahi-mahi. De acompanhamento, porção de fritas de fruta-pão, uma "prima" da jaca.

    Do mercado é possível ir andando (a apenas dez minutos) até o novíssimo Museu de Arte Urbana do Taiti. A duas quadras do espaço, uma série de grafites vão surgindo pelo caminho, como nas paredes do minishopping Vaima.

    O museu, bem pequeno, abriga bons trabalhos de grafiteiros de países como França, Nova Zelândia e até Brasil (representado pelo artista Crânio). A fundadora do museu, Sarah Roopinia, é curadora do festival de grafite do Taiti.

    E, se estiver disposto a fazer uma tatuagem maori, típica da Polinésia, é possível agendar um horário entre os passeio. O estúdio NK Tattoo Tahiti cobra US$ 100 (R$ 327) por um desenho pequeno.

    A jornalista viajou a convite da Atout France, do Tahiti Tourisme e da Air Tahiti Nui

    *

    ONDE FICA ISSO?

    POLINÉSIA FRANCESA
    (Território de Ultramar da França)

    Localização Oceania
    População 271 mil pessoas (em 2014)
    Capital Papeete (no Taiti, maior ilha do arquipélago)
    Moeda Franco CFP (R$ 1 = 34,87 francos)
    Número total de ilhas cerca de 130

    • Tudo é caro na Polinésia. Um cafezinho não vai sair por menos de US$ 5 (R$ 16,40). Os pratos nos restaurantes custam em média US$ 40 (R$ 131)
    • Leve pouca bagagem, pois os traslados são feitos em aviões pequenos que aceitam malas com no máximo 20 quilos
    • A internet funciona muito mal
    • Leve remédios. Não existem postos médicos nas ilhas. O principal hospital fica no Taiti, em Papeete
    • Muitos locais aceitam cartões, mas é bom ter francos polinésios à mão
    • Vocabulário básico na língua polinésia: "Ia Orana" (Oi / Bom dia); "Mauruuru" (Obrigado); "Nãnã" (Tchau)
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