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    Hotéis de Chicago imitam albergues para atrair visitantes descolados

    ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
    ENVIADA ESPECIAL A CHICAGO

    12/01/2017 02h00

    O raio gourmetizador fez uma nova vítima: o albergue.

    A mania de dar uma capa sofisticada a antigos conceitos (como o picolé que evolui para a paleta mexicana) atingiu o Hollander, hostel-butique aberto no fim de 2016 em Chicago. Também chamado de H! e construído num velho armazém de 1905, o espaço introduz o conceito de "social stay" (estadia social).

    Oito dos 20 quartos são compartilhados, com banheiros privados e opções de duas ou três beliches de casal –elas podem ser adaptadas para virar cama de solteiro. As diárias custam a partir de US$ 25, sem taxas (R$ 80).

    Além de acomodações "limpinhas", que nada lembram o clichê do albergue em que se aconselha tomar banho de chinelo, há outro diferencial: os hóspedes podem checar, na hora de fazer a reserva, o Instagram dos estranhos com quem dividirão o quarto.

    "Isso encoraja as pessoas a interagir antes de fazerem o check-in", diz à Folha Carlos Couturier, dono do grupo Habita, também responsável pelo Robey, hotel inaugurado ao lado do Hollander e que usa lemas como este de Ernest Hemingway: "Bebo para fazer as outras pessoas parecerem mais interessantes".

    Com o H!, diz Couturier, "estamos tentando conectar mídia social com experiência física". "Como o Uber Pool [modalidade 'lotação' do aplicativo, que permite que passageiros com rotas semelhantes dividam uma mesma corrida] faz pelo transporte."

    O conceito apela a millennials (jovens que cresceram com a ascensão da internet), e a região segue o perfil desse grupo. Brechós têm araras só para suéteres dos anos 1980 e bares vendem cerveja artesanal de abóbora.

    A revista "Vice", guia espiritual da chamada geração hipster, incluiu a vizinhança (Wicker Park) no roteiro obrigatório para visitar Chicago.

    "Lá você esbarra em cínicos jovens de 20 e alguns anos, usando óculos de que eles não precisam de fato e reclamando sobre a gentrificação da qual são parte integral", escreveu a publicação.

    A jornalista viajou a convite do Grupo Habita

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    Pacotes

    US$ 609 (R$ 1.943)
    Pacote de quatro noites no Kimpton Palomar Chicago, sem café da manhã. Preço para casal, com duas crianças. Sem aéreo. Reservas: kimptonhotels.com

    US$ 1.160 (R$ 3.702)
    Com aéreo, roteiro de quatro noites sem passeios. Por pessoa, com seguro de cancelamento no valor de US$ 2.000. Na Flot Viagens: flot.com.br

    US$ 1.191 (R$ 3.800)
    Roteiro de três noites em Chicago e quatro em Nova York. Inclui city tour. Por pessoa, sem aéreo. Na Abreu: abreutur.com.br

    R$ 4.678
    Dez noites na cidade, sem passeios. Inclui aéreo, com saída no dia 21 de junho. Valor por pessoa. Na Submarino: submarinoviagens.com.br

    R$ 5.172
    Inclui passeio noturno pelo lago Michigan, com jantar a bordo do barco que faz o roteiro. Cinco noites em Chicago, em quarto duplo. Valor por pessoa, com aéreo. Na CVC: cvc.com.br

    US$ 1.999 (R$ 6.379)
    Cinco noites na cidade em hotel quatro estrelas. Inclui dois dias de Go Chicago Card, que dá acesso a atrações da cidade, como o Art Institute e a Legoland. Pacote vem também com tour de helicóptero. Preço por pessoa, sem aéreo. Na 55Destinos.com

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