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    Isolamento ajuda a preservar cultura do extremo norte da Índia

    CAROLINA OMS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LADAKH (ÍNDIA)

    10/08/2017 02h00

    "Julley", saúdam os monges nas entradas dos monastérios. A versátil palavra tibetana, que pode significar oi, tchau, por favor e obrigado, resume a multiplicidade de opções para os turistas em Ladakh, extremo norte da Índia.

    Meditação, ioga e budismo para os que buscam espiritualidade. Arquitetura, murais e artesanato para quem quer conhecer novas culturas. Passeios de moto, carro ou trekking para os apreciadores da paisagem de montanhas dos Himalaias e das vilas verdes.

    Entre os séculos 11 e 19, floresceram vários monastérios no então reino budista independente de Ladakh. O isolamento da região contribuiu para a preservação dos monastérios e de uma cultura e um estilo de vida únicos.

    É o caso do conjunto de templos localizado em Alchi, há menos de três horas de carro de Leh. Com construções que datam do século 11, o complexo com cinco templos impressiona pela qualidade dos murais em suas paredes e pelo delicado trabalho com a madeira em seus pilares e portas.

    Mais próximos de Leh estão os monastérios de Thiksey (a 20 km) e Hemis (a 50 km), construídos, respectivamente, nos séculos 15 e 17, em estilo tibetano. Esses monastérios são os dois maiores e mais ricos de Ladakh -contam com esculturas de budas que ocupam entre dois e três andares de cada templo.

    Todos os templos reúnem "stupas", monumentos que representam a mente do buda, as escrituras sagradas, que simbolizam sua fala, e as esculturas, que são o corpo.

    Em volta das construções e nas estradas, preces de bençãos são penduradas ao vento em bandeirinhas coloridas, espalhando a mensagem budista. Nos templos, os turistas giram cilindros onde estão escritos mantras.
    Segundo o guia budista Tenzin Ledken, é uma maneira de "acumular mérito" para esta e as próximas vidas —um tipo diferente de reza.

    A chegada mais rápida a Ladakh são os voos das companhias aéreas indianas partindo de Nova Déli. Prepare-se para a bela vista dos Himalaias durante o pouso e para o provável mal-estar causado pela altitude de 3.500 metros. Outra opção é contratar um carro partindo das cidades de Srinagar ou Manali. Embora longa, a viagem ziguezagueando entre as montanhas e vales é uma atração em si mesma. Um motorista e um guia budista serão essenciais para lidar com as estradas e a burocracia indiana.

    Partindo de Srinagar, o primeiro monastério é também o mais antigo de Ladakh, construído no século 11, na vila rural de Lamayuru. Do alto é possível ver curiosas formas criadas pela erosão natural da montanha, atração apelidada de "terra lunar".

    Emoldurada por picos nevados, a cidade de Leh tem restaurantes, cafés, hotéis e agências de turismo, e a qualidade dos serviços e os preços podem variar bastante.

    Os trekkings são também muito procurados. O mais famoso, no vale de Markha, passa por vilas, montanhas e animais endêmicos e termina no monastério de Thiksey.

    Uma visita ao vale de Nubra, a 120 quilômetros de Leh, e ao lago Pangong-tse, distante 140 quilômetros, exige que o visitante durma ao menos uma noite em acampamentos, casas de família ou hotéis, mas são passeios favoritos entre turistas pelas paisagens surpreendentes. A agência responsável pelo transporte deve também emitir permissões específicas para esses locais, sem as quais não é possível entrar.

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    Saiba mais sobre a Índia

    Onde fica Índia

    • Capital: Nova Déli
    • Moeda: Rúpia (R$ 1 = 20 rúpias)
    • Fuso horário: + 8h30 em relação a Brasília

    Pacotes

    US$ 1.270 (R$ 3.977)
    Valor por pessoa para pacote de sete noites, sendo quatro na capital, Nova Déli, e um em Varanasi. Sem aéreo. Na Litoral Verde: litoralverde.com.br

    US$ 1.635 (R$ 5.120)
    Roteiro de nove noites, com passeios em Nova Déli, Varanasi e Jaipur. Inclui apenas voos internos, sem saída do Brasil. Na Top Brasil: topbrasiltur.com.br

    US$ 1.645 (R$ 5.151)
    Sem aéreo saindo do Brasil, mas com voos internos, nove noites no país prevendo visitas a Nova Déli, Jaipur, Udaipur e Agra. Por pessoa, com café da manhã. Na CVC: cvc.com.br

    US$ 1.775 (R$ 5.558)
    Pacote de nove noites na Índia -sem aéreo saindo do Brasil, mas com voos internos. Roteiro visita locais como Agra, Jaipur e Varanasi. Por pessoa, na Flot: flot.com.br

    US$ 1.989 (R$ 6.228)
    Inclui visitas a cidades como Nova Déli, Khajuraho e Varanasi em roteiro de nove noites. Pacote prevê passeios nos locais e voos internos, mas não saída do Brasil. Por pessoa, na Queensberry: queensberry.com.br

    US$ 2.214 (R$ 6.933)
    Nove noites na Índia, passando por Nova Déli, Agra, Jaipur e Varanasi. Valor por pessoa, com passeios -entre eles, visita ao Taj Mahal. Sem aéreo. Na Venice Turismo: veniceturismo.com.br

    US$ 2.400 (R$ 6.933)
    Sem aéreo, 12 noites na Índia com passeios inclusos e guia que fala espanhol. Roteiro passa por Nova Déli, Udaipur e Varanasi. Por pessoa, na Cia Eco: ciaeco.tur.br

    US$ 2.782 (R$ 8.711)
    Visita a sete cidades da Índia em 11 dias, entre elas Nova Déli, Varanasi e Jaipur. Por pessoa, sem aéreo. Na Submarino: submarinoviagens.com.br

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