Críticas aos impactos do turismo em massa têm ganhado as ruas, culminando em protestos em cidades europeias. Diversas prefeituras sofrem pressão popular e tomaram medidas para controlar o comportamento dos visitantes.
Barcelona, Espanha
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Na capital catalã, membros do partido independentista CUP danificaram pneus de um ônibus e de bicicletas usadas por turistas. Moradores também têm acusado visitantes de tratar uma praia como resort após beber em excesso. Em protesto recente, locais fizeram corrente humana bloqueando o acesso ao mar. Outra reclamação é que o aluguel de casas por visitantes está elevando o preço para os catalães.
Veneza, Itália
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Manifestantes protestaram no início de julho contra a inundação de Veneza por cerca de 20 milhões de turistas ao ano. A cidade histórica tem 55.000 habitantes e muitos se incomodam com o excesso de lixo e barulho. A manifestação também criticou o aumento dos aluguéis e o impacto de grandes cruzeiros. Autoridades locais prometeram proibir que novas acomodações para turistas sejam abertas no centro.
San Sebastián, Espanha
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Um grupo de manifestantes com cartazes antituristas parou um trem com famílias que visitavam a cidade. Os cartazes promoviam uma marcha contra o turismo que coincide com a "Semana Grande", festival da cultura basca. A contribuição total do setor de viagens e turismo para a economia da Espanha foi de 158,9 bilhões de euros em 2016, 14,2% do PIB, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo.
Dubrovnik, Croácia
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Moradores da cidade com vista para o mar Adriático têm alertado que o número excessivo de visitantes está destruindo Dubrovnik. Protegida por muros medievais e torres do século 15, a cidade recebeu o status de patrimônio mundial da Unesco, mas a organização alertou no ano passado que o título estava em risco. Em resposta, a prefeitura prometeu reduzir o limite às visitas diárias de cruzeiros.
Palma de Maiorca, Espanha
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Membros do movimento "cidade para quem a habita" bloquearam o prédio do Ministério do Turismo, dizendo-se cansados de visitantes embriagados e pedindo formas mais sustentáveis de turismo. Os manifestantes também colaram cartazes com a inscrição "fechado" no prédio do ministério.
Roma, Itália
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Embora não tenha recebido protestos recentemente como Veneza, Roma também tem tomado medidas para controlar o turismo em massa. Uma delas foi proibir o consumo de comidas e bebidas ao redor de suas famosas fontes, como a Fontana di Trevi. Entrar, sentar, dar de beber aos cachorros e jogar objetos (exceto moedas) na água também é proibido. Quebrar as regras pode resultar em multa de até 240 euros.
Berlim, Alemanha
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Pular sobre os blocos de concreto, tirar selfies sorrindo e correr pelo Memorial dos Judeus Mortos da Europa são algumas das atitudes que geram debates acalorados sobre como a memória do Holocausto é encarada por turistas. Em 2016, o memorial pediu que visitantes parassem de jogar Pokémon Go no local. Em Berlim, o aluguel de apartamentos inteiros por turistas pelo Airbnb é proibido.
Valência, Espanha
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Hoteleiros de Valência pressionam o governo a endurecer os controles sobre plataformas online de aluguel de apartamentos para turistas, como o Airbnb. O governo tem participado do debate, mas se concentrado em combater grandes sites que comercializam apartamentos irregulares.
Milão, Itália
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Milão proibiu o uso de "paus de selfie" na área portuária do bairro de Darsena durante o verão, assim como a venda de bebidas em garrafas de vidro e food trucks. O objetivo foi reduzir o lixo e comportamentos "antissociais".