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    Copenhague impressiona com organização e muita área verde

    CASSIANA DER HAROUTIOUNIAN
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA DINAMARCA

    21/09/2017 02h00

    A Dinamarca está no topo do ranking das Nações Unidas de países mais felizes do mundo (ao lado de Suécia, Holanda, Suíça e Noruega). Esse pedaço da Escandinávia com 5,6 milhões de habitantes é um destino que merece ser desvendado.

    Comece pela capital, Copenhague, onde o verbo flanar pode ser aplicado perfeitamente. A cidade com 1,2 milhão de habitantes é mesmo o que você imagina: bonita, organizada, cosmopolita e silenciosa. Todo viajante deveria se perder nela.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Aproveite o Google Maps e saia por aí sem se preocupar em ticar uma listinha de pontos turísticos. Aliás, vale a pena estender o roteiro além dos lugares que estão em todos os guias. Entre um ponto de atração óbvio e outro há uma infinidade de coisas legais, como o design, que está presente em lojas e prédios pelo caminho.

    Graças a nomes que se tornaram famosos nos anos 1950, como Arne Jacobsen, Hans Wegner e Børge Mogensen, o design dinamarquês se tornou sinônimo qualidade, de alta funcionalidade e de pensamento novo.

    Quem gosta desse universo vai se esbaldar no Museu do Design (designmuseum.dk), com pausa no café, que além de delicioso é mobiliado com peças assinadas por Hans J. Wegner e Poul Kjærholm. O prédio, antigo, no passado abrigou o primeiro hospital público do país.

    O desenho contemporâneo se estende por grandes construções da capital. Um exemplo é a ópera de Copenhague, construída na ilha de Holmen. Outro símbolo é o prédio erguido em 1999, da biblioteca nacional, que é conhecida como "black diamond" e se conecta com a antiga biblioteca real, de 1648.

    VERÃO FRIO

    A Dinamarca tem mesmo mais dias nublados do que ensolarados. O verão, principalmente neste ano, demorou a chegar –e quando chega, muitas vezes, dura só um dia. Nessa época, as temperaturas ficam na casa dos 17 graus. O vento gelado no fim da tarde é quase uma rotina. E jantar cedo, às 18h30, também. Um dos maiores desafios na capital é achar um lugar para comer após as 21h.

    Nos jantares, quem tem orçamento apertado deve se contentar com apenas uma taça de vinho –também não é lenda que a Dinamarca é um país caro: uma garrafa em um restaurante não vai custar menos que R$ 125. Já um deslocamento por ônibus urbano custa em media R$ 13.

    Parques espalhados pela cidade a deixam ainda mais acolhedora. No verão, as pessoas se esparramam pelos gramados entre um compromisso e outro, mesmo nos dias mais cinzentos.

    Além do design, a Dinamarca é famosa pelos contos do escritor Hans Christian Andersen (1805-1875). Um dos maiores símbolos da capital é uma escultura de bronze de uma de suas personagens principais, a Pequena Sereia, que fica na alameda Langelinie.

    Além de ver a estátua, vale a pena caminhar por essa região, que fica perto do centro de Copenhague e da estação de metro Østerport.

    ARQUITETURA

    O lugar também pode ser visto de longe, durante um passeio de barco, que geralmente sai de Nyhavn (antigo porto da cidade, com aquelas casinhas coloridas típicas de cartão-postal). O cenário é lindo, mas vale só para dar uma passadinha, porque tudo lá é mais caro.

    O barco circula por todos os pontos turísticos, como a ópera, a biblioteca principal, as casas-barco, o palácio de Amalienborg, a igreja de Mármore e o bairro residencial de Christianshavn. Dá um panorama da cidade, mas não substitui um passeio a pé.

    Só caminhando para ver de perto as galerias e os museus que se espalham pela cidade, como o The David Collection (davidmus.dk), que tem a maior coleção de arte islâmica da Escandinávia, e a Gliptoteca NY Carlsberg (glyptoteket.dk), com esculturas grandiosas e arquitetura exuberante. O prédio tem vista para o parque de diversões Tivoli, que fica ao lado.

    Outra atração é a cisterna de Copenhague, no parque Søndermarken, que recebe instalações artísticas subterrâneas a cada ano. O renomado arquiteto japonês Hiroshi Sambuichi foi o escolhido de 2017 para criar lá sua maior obra fora do Japão.

    Uma visita a Copenhague ficaria incompleta sem um dia dedicado ao Museu de Arte Moderna da Louisiana (louisiana.dk). Fica junto ao mar, na cidade de Humlebæk, a mais ou menos 40 minutos de trem da capital. O lugar mistura atrações naturais, arquitetura e arte e oferece vista panorâmica da Suécia.

    Por ano, o espaço recebe de 6 a 10 exposições temporárias. Até 22 de outubro, há uma retrospectiva da obra da artista sérvia Marina Abramovic -além do acervo permanente com mais de 3.500 peças. Muitas dessas obrasse esparramam pelos jardins. Entre uma e outra, os visitantes se deleitam com as comidinhas do restaurante.

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