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"O protagonismo do Poder Judiciário é preocupante", afirmou a procuradora-geral de Teresina, Georgia Nunes, em debate nesta terça (6) na "TV Folha".

De acordo com ela, o Judiciário só deve intervir em "situações pontuais, o protagonista no processo eleitoral deve ser o eleitor". "Uma vez que o TSE tome sua decisão [julgamento da chapa Dilma-Temer], é preciso entregar o processo para outros instituições", disse Georgia. Com início nesta terça, o julgamento no TSE, em Brasília, deve se estender até quinta (8).

"Parece-me que o Judiciário gosta desse protagonismo", observou o colunista da Folha Samuel Pessôa, professor de economia da FGV.

De acordo com a procuradora, "estamos vivendo um momento interessante e, ao mesmo tempo, perigoso. Nossas instituições estão sendo testadas. É preciso ter muita tranquilidade". Georgia considera o julgamento no TSE um "processo histórico".

De acordo com Marcelo Coelho, colunista do jornal, "seja qual for a decisão que o TSE venha a tomar, a imagem do Judiciário não será arranhada. Os argumentos a favor da cassação e também os contra ela são razoáveis".

Sobre as perspectivas para a economia do país, Pessoa diz que a "recuperação depende da continuidade da agenda de reformas no Congresso".