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Wednesday, 15-Jan-2025 07:06:43 -03Com a chegada de mais de 300 mil imigrantes, Europa vive crise; veja as consequências em nove países
DE SÃO PAULO
27/08/2015 07h00 - Atualizado às 09h24
O aumento na chegada de imigrantes, puxada por refugiados vindos da Síria, do Afeganistão e de outras regiões de conflito, tem causado transtornos à Europa.
Desde o início de 2015, a Acnur (agência das Nações Unidas para refugiados) estima que mais de 300 mil imigrantes tenham cruzado o Mediterrâneo para chegar ao continente europeu. Principais pontos de entrada, Grécia e Itália receberam neste ano, respectivamente, 200 mil e 110 mil pessoas, segundo os últimos números divulgados. Relatórios anteriores também apontavam que 1.953 imigrantes se dirigiram à Espanha, e 94, a Malta.
No mesmo período, ao menos 2.500 migrantes e refugiados morreram afogados ao tentar atravessar o Mediterrâneo em embarcações precárias.
O fluxo tem causado crises humanitárias no continente, bem como aumentado a preocupação de alguns países em relação à segurança de suas fronteiras e com ataques xenófobos. Saiba quais são os principais problemas em cada país envolvido.
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GRÉCIA
Angelos Tzortzinis - 13.ago.2015/AFP Imigrantes desembarcam de bote inflável após chegarem na ilha grega de Kos As ilhas gregas do mar Egeu –Kos em especial– se tornaram o principal porto de chegada de refugiados da Síria e do Afeganistão, entre outros. Estima-se que 200 mil pessoas já tenham chegado ao país por mar em busca de refúgio desde o início de 2015, 50 mil dos quais apenas em julho.
MACEDÔNIA
Da Grécia, os estrangeiros seguem viagem em direção a países mais ricos. Uma das rotas passa pela Macedônia, que tentou barrar até 8.000 pessoas na fronteira, usando a força policial,, mas desistiu.
SÉRVIA
Armend Nimani - 24.ago.2015/AFP Estrangeiros embarcam em ônibus na cidade de Presevo, ao sul da Sérvia, em direção a Belgrado, na tentativa de chegar ao norte Muitos dos refugiados cruzam a Sérvia em trens ou até mesmo dentro de caminhões em direção à fronteira com a Hungria, país-membro da União Europeia
HUNGRIA
Csaba Segesvari - 7.jul.2015/AFP Grupo de imigrantes caminha pro plantação de trigo do lado húngaro da fronteira, após terem passado pela Sérvia Vista por imigrantes como porta de entrada para a União Europeia, a Hungria tenta evitar a chegada de estrangeiros usando três linhas de grades com arame farpado ao longo de sua fronteira de 174 km com a Sérvia. Apenas na última quarta (26), o país afirmou ter detido 3.241 pessoas, sendo 700 menores, tentando furar o bloqueio. A intensificação do uso do país como rota migratória tem causado diversos conflitos com a polícia.
ALEMANHA
Christof Stache - 29.jul.21015/AFP Refugiados dormem em camas improvisadas enquanto aguardam registro da polícia federal alemã em Rosenheim Um dos principais destinos finais de refugiados na União Europeia, a Alemanha espera receber até 800 mil pedidos de asilo, no total, em 2015. Isso representa quatro vezes mais do que no ano anterior. O fluxo de estrangeiros tem causado o aumento do número de ações de neonazistas e outros grupos de extrema direita contra a presença de estrangeiros —202 casos de ataques xenófobos foram registrados desde o início do ano.
ÁUSTRIA
Heinz-Peter Bader - 17.ago.2015/Reuters Refugiados lutam por produtos entregues por cidadãos austríacos em centro de processamento de pedidos de asilo em Traiskirchen, na Áustria Outro destino comum de refugiados, a Áustria também tem recebido levas recordes de imigrantes. A Anistia Internacional qualificou de "escandaloso" o tratamento dado a solicitantes de asilo em Viena, acusando o país de negligenciar as condições de miséria e fome dos que chegam. Nesta quinta (28), foi encontrado a 40 quilômetros de Viena um caminhão-frigorífico abandonado com 71 corpos de supostos refugiados sírios em decomposição.
ITÁLIA
Giovanni Isolino - 17.ago.2015/AFP Imigrantes desembarcam de navio militar no poto italiano de Catina Segundo o Acnur (escritório da ONU para refugiados), a Itália já recebeu 110 mil imigrantes que cruzaram o Mediterrâneo desde o início de 2015. A rota se tornou menos popular devido ao aumento da violência na Líbia, principal ponto de partida da travessia. Refugiados resgatados pela Marinha são levados à ilha de Lampedusa, onde podem pedir asilo
FRANÇA E REINO UNIDO
Philippe Huguen - 5.ago.2015/AFP Tropa de choque francesa protege comboio de caminhões; imigrantes tentam se esconder no compartimento de carga para chegar ao Reino Unido A onda de refugiados aumentou a tensão na cidade portuária francesa de Calais, de onde imigrantes tentam seguir, pelo túnel do Canal da Mancha, em direção ao Reino Unido. Londres prometeu reforçar as barreiras de segurança e o controle policial, que deve avaliar pedidos de asilo, mas também repelir aqueles que não possuem o status de refugiados.
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