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    Veja frases polêmicas que marcaram governo de Cristina Kirchner, que deixa em dezembro a Presidência argentina

    DE SÃO PAULO

    24/11/2015 10h00

    As eleições de domingo (22) na Argentina, que deram vitória ao candidato opositor Mauricio Macri, marcam o fim da era Kirchner na Argentina, iniciada em 2003 com seu marido, Néstor Kirchner.

    A presidente Cristina Kirchner deixará a Casa Rosada em dezembro, encerrando oito anos de um governo polêmico.

    Veja, abaixo, algumas das frases mais marcantes de Cristina durante sua passagem pela Presidência argentina.

    Abutres vampiros

    John Moore - 28.set.2015/AFP
    NEW YORK, NY - SEPTEMBER 28: President of Argentina Cristina Fernandez de Kirchner addresses the United Nations General Assembly on September 28, 2015 in New York City. World leaders gathered for the 70th session of the annual meeting. John Moore/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==
    Cristina Kirchner discursa à Assembleia Geral da ONU, em Nova York

    Cristina é conhecida por afeição por discursos. Desde o começo do ano, a presidente argentina fez ao menos 90 pronunciamentos.

    No mais logo deles, que durou 3 horas e 39 minutos, a chefe de Estado disse ao Congresso, em março, que "os abutres são sugadores de sangue internacionalmente reconhecidos", em referência aos credores internacionais que rejeitaram a renegociação da dívida pública do país.

    Coca-Cola próspera

    Ao longo de seu mandato, Cristina ressaltou diversas vezes os avanços sociais promovidos na Argentina desde 2003, quando seu marido, Néstor, assumiu a Presidência, dando início à era Kirchner.

    "Este nosso país é o que mais consome refrigerantes em todo o mundo; em 2003, tínhamos menos dinheiro para dar Coca-Cola a nossos filhos", disse Cristina em rede nacional em fevereiro, usando o consumo de refrigerantes como indicador de prosperidade econômica.

    Napoleão latino

    Leo La Valle - 18.jun.2008/Efe
    ORG XMIT: 265401_1.tif A presidente argentina Cristina Kirchner na praça de Maio em ato de apoio à parlamentar no conflito contra os produtores rurais, em Buenos Aires (Argentina). BAS55. BUENOS AIRES (ARGENTINA), 18/06/08.- La presidenta argentina, Cristina Fernández de Kirchner saluda a sus seguidores al finalizar un discurso en la Plaza de Mayo de la ciudad de Buenos Aires, Argentina, hoy, 18 de junio de 2008, donde se manifestú sobre el conflicto que el gobierno nacional mantiene con el sector agropecuario por la polótica impositivas a la exportaciún de granos. EFE/Leo La Valle
    Cristina Kirchner participa de ato na Praça de Maio em apoio a produtores rurais

    "Na verdade, me sinto um pouco Napoleão", disse Cristina em março de 2012, ao defender projetos de mudanças na legislação argentina.

    Seu "espírito de grandeza" manifestou-se em outras ocasiões. "Devo ser a reencarnação de um arquiteto egípcio", afirmou a mandatária em agosto do mesmo ano ao inaugurar um polo audiovisual.

    No mês seguinte, a presidente disse aos ministros de seu gabinete: "Deve-se apenas ter medo de Deus e de mim, um pouquinho".

    Sem falsa modéstia

    Angelo Carconi - 7.jun.2015/AFP
    Pope Francis (R) meets Argentinia's President Cristina Kirchner during a private audience on June 7, 2015 at the Vatican. AFP PHOTO POOL / ANGELO CARCONI ORG XMIT: MOD4417
    No Vaticano, Cristina encontra o papa Francisco, que tem origem argentina

    Em outros momentos de seu mandato, Cristina buscou demonstrar mais humildade. "Não sou a favor de quem justifica algo por ser pobre, porque eu fui pobre e nunca justifiquei nada", disse Cristina em abril.

    Em setembro de 2012, ao ser questionada sobre seu patrimônio, ela disse: "Se tive um crescimento nos meus bens é porque fui uma advogada exitosa e sou uma presidente exitosa".

    Buscando-se aproximar da população argentina, a presidente disse, em março de 2014: "Eu me sinto a mãe do país, a mãe de todos os argentinos; sinto-me muito responsável pelo que passa aos 40 milhões de argentinos".

    Tuíte controverso

    9.jul.2007/Reuters
    ORG XMIT: 121001_1.tif O presidente da Argentina Néstor Kirchner e a primeira-dama da Argentina, Cristina Fernandez Kirchner segura um pato de brinquedo durante comemoração do Dia da Indepedência, em Tucuman (Argentna). Argentina's First Lady senator Cristina Fernandez de Kirchner holds up a toy given to her by well-wishers during commemorations for Independence Day in the northern province of Tucuman July, 9, 2007, as her husband President Nestor Kirchner looks on. Cristina Fernandez will run as a candidate in the upcoming presidential elections to be held October 28. REUTERS/Handout-Presidency (ARGENTINA). EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS.
    Ao lado do marido, Néstor, a então primeira-dama, Cristina Kirchner, ergue um pato de brinquedo durante comemoração do Dia da Indepedência

    Em visita a Pequim, em fevereiro, Cristina caçoou do sotaque chinês nas redes sociais.

    "Mais de mil participantes no evento. Será que são todos do La Cámpola? Vieram só pelo aloz e pelo petlóleo?", tuitou a presidente, trocando a letra R pela L. La Cámpora é um movimento juvenil que apoia a presidente.

    O comentário atraiu críticas, que forçaram a mandatária a se retratar.

    Cristina vs. Clarín

    12.jan.2010/Presidência da Argentina
    ORG XMIT: 324801_0.tif A presidente argentina, Cristina Kirchner, exibe edição do jornal `Clarín' que anunciava possível bloqueio dos fundos de seu Banco Central depositadas no Tesouro dos EUA, pelo juiz americano Thomas Griesa, atendendo credores que recusaram a oferta de troca da dívida externa correspondente à moratória de 2001. *** Argentina, 12.01.2010 Foto Presidencia Argentina / La Presidenta exhibe la portada de un periúdico nacional en el acto que se realizú en Casa Rosada
    Cristina Kirchner exibe edição do jornal 'Clarín' que anunciava possível bloqueio dos fundos do Banco Central argentino depositadas no Tesouro dos EUA

    Nos últimos anos, a presidente se envolveu em diversas disputas legais com o grupo midiático opositor Clarín. Recentemente, a Justiça argentina deu parecer que adia a decisão de dividir o grupo para 2016, após o fim do mandato de Cristina.

    "Às vezes penso se não seria importante nacionalizar —não estatizar, que fique claro— os meios de comunicação para que adquiram consciência nacional e defendam os interesses do país, não os do governo", disse Cristina em outubro de 2010.

    Femme fatale

    Jorge Araújo - 17.dez.2008/Folhapress
    ORG XMIT: 531601_0.tif O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala ao ouvido da presidente Cristina Kircher, da Argentina, durante encontro da Cúpula da América Latina e Caribe, na Costa do Sauípe (BA). (Costa do Sauípe (BA), 17.12.2008. Foto de Jorge Araújo/Folhapress)
    O então presidente Lula fala ao ouvido de Cristina Kircher durante encontro da Cúpula das Américas, na Costa do Sauípe (BA)

    "Hoje entreguei um certificado deste fundo aos que produzem o alfajor Fantoche, inventores mundiais do alfajor triplo. Mas não me trouxeram um triplo. Trouxeram-me o Fantoche mini, porque o dono me disse que não quer me ver gorda. (...) Eu não sei se foi uma cantada ou uma indireta", disse Cristina em março de 2014.

    Questionada por jornalistas neste domingo (22) se dialogaria com Mauricio Macri, seu sucessor, a mandatária disse: "Não. Ele é um homem casado."

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