A candidata governista Laura Chinchilla, 50, tornou-se nesse domingo a primeira mulher a chegar à presidência da Costa Rica.
Com mais de 80% dos votos apurados, Chinchila, do Partido Liberação Nacional (PLN), havia obtido 47% do total de votos, com folgada margem sobre os 40% que ela precisava para se eleger no primeiro turno.
Alejandro Bolívar-07fev.10/Efe |
Laura Chinchilla foi eleita neste domingo a primeira presidente mulher da Costa Rica com folgada margem aos 40% necessários |
Depois de anunciado o resultado, Chinchilla --que era vice do atual presidente Oscar Arias-- se reuniu com seus eleitores, na noite de domingo, para comemorar a vitória em um hotel na capital, San Jose.
"Obrigado, Costa Rica. Este é certamente um momento de felicidade, mas acima de tudo de humildade [...] Eu não trairei a confiança de vocês", declarou ao público.
O segundo colocado, Ottón Solís, do Partido da Ação Cidadã (PAC), obteve 25% dos votos e reconheceu a derrota. "Com todo o respeito, nós aceitamos a realidade", disse ao seus eleitores.
Sólis já havia sido derrotado pelo atual presidente Oscar Arias em 2006 por uma diferença mínima de votos.
Já Otto Guevara, do Movimento Libertário (ML), terminou a disputa com 21% dos votos e também felicitou a "nossa presidente Laura Chinchilla".
Continuidade
A expectativa é de que Chinchilla dê continuidade às políticas moderadas de promover o livre mercado e acordos bilaterais, adotadas por seu antecessor.
Seu partido também apostou na experiência de Chinchilla como ministra da Segurança Pública e da Justiça para atrair eleitores preocupados com a segurança, um crescente problema no país.
A Costa Rica tem 4,5 milhões de habitantes, não tem Exército e é normalmente visto como uma ilha de estabilidade na América Latina, mas recentemente o país tem sofrido com a violência por estar na rota internacional do narcotráfico.
A nova presidente da Costa Rica, formada em Políticas Públicas pela Universidade de Georgetown, é conhecida por sua postura conservadora --ela é contra a legalização do aborto, por exemplo.
O partido de Chinchilla, o PLN, domina a política no país há seis décadas.