Médicos dos EUA anunciaram nesta terça-feira (14) o nascimento de uma menina concebida por meio de sêmen congelado havia 22 anos. O pai do bebê, Chris Biblis, 39, teve leucemia na adolescência e, antes de iniciar o tratamento de radioterapia que o tornaria infértil, a família decidiu congelar seu esperma.
Stella Biblis nasceu no dia 4 de março por meio de uma técnica de fertilização in vitro chamada ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). Os especialistas selecionaram um espermatozoide saudável, que havia sido descongelado, e o injetaram no óvulo de Melodie, mulher de Biblis. Depois, o embrião foi transferido para o seu útero.
Os especialistas responsáveis pelo tratamento, feito em uma clínica em Charlotte, na Carolina do Norte, em junho de 2008, afirmam que o intervalo de 22 anos entre o congelamento do sêmen, em 1986, e a concepção é o mais longo já registrado.
Chris Biblis recebeu tratamento para leucemia entre os 13 e os 18 anos. O congelamento ocorreu aos 16, antes de ser submetido a sessões de radioterapia. Ele está livre da doença há 20 anos.
Em entrevista ao programa de TV "Good Morning America" (ABC News), Biblis disse que a ideia do congelamento do sêmen foi da sua mãe. "Não passava pela minha cabeça casar ou ter filhos. Mas minha mãe realmente acreditava que eu venceria o câncer e iria querer minha própria família."
Com agências internacionais