Dependendo de seu lugar de origem, entre 30% e 100% de determinadas povoações asiáticas não emitem cheiro algum ao suar, descobriram cientistas alemães do centro de pesquisas da empresa Beiersdorf AG, em Hamburgo.
Isso acontece devido à limitação da atividade da proteína ABCC11, dizem eles, que anunciaram nesta quarta-feira (11) que essa única molécula proteica é responsável pelo cheiro gerado pelo suor nas pessoas.
As pesquisas, cujos resultados foram publicados na revista "Journal of Investigative Dermatology", mostraram que há diferença genética entre europeus e asiáticos na hora de suar.
Os especialistas alemães comentaram que essa variante genética pode determinar a facilidade na hora de escolher o parceiro, com vantagem para aquelas pessoas cujo suor não cheira.
Transportadora inconveniente
Um porta-voz da Beiersdorf AG explicou que todas as partículas que formam o cheiro do suor são transportadas à superfície da pele pela proteína batizada como ABCC11.
Ao chegarem à superfície cutânea, as proteínas são decompostas por bactérias que, por sua vez, provocam o típico cheiro do suor, como assinalaram os cientistas.
"Com este estudo foi possível fechar um vazio na compreensão dos processos da formação do cheiro corporal", disse o porta-voz.