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    Egito afirma que vai pedir a Museu Britânico Pedra de Rosetta de volta

    HARPREET BHAL
    da Reuters

    14/12/2009 15h52

    O chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito disse que pretende pedir ao Museu Britânico que entregue a Pedra de Rosetta ao seu país.

    A antiga pedra foi a chave para decifrar hieróglifos das tumbas dos faraós egípcios e é uma das seis relíquias que o chefe arqueólogo do Egito, Zahi Hawass, quer recuperar de museus do mundo todo.

    Matija Podhraki-dez.2003/Divulgação
    Pedra de Rosetta, um dos artefatos que o Egito reivindica de volta a museus pelo mundo; Museu Britânico aceitaria fazer empréstimo
    Pedra de Rosetta, um dos artefatos que o Egito reivindica de volta a museus pelo mundo; Museu Britânico aceitaria fazer empréstimo

    "Ainda não escrevi para o Museu Britânico, mas o farei. Direi a eles que precisamos que a Pedra de Rosetta volte ao Egito para sempre", disse Hawass à Reuters.

    "O Museu Britânico tem centenas de milhares de artefatos, tanto em seu porão quanto em exposição. Eu preciso de apenas uma peça, a Pedra de Rosetta. É um ícone da nossa identidade egípcia e ela deve ficar no Egito".

    A Pedra de Rosetta foi desenterrada pelo exército de Napoleão em 1799 e data de 196 a.C. Tornou-se propriedade britânica depois da derrota de Napoleão, sob o Tratado de Alexandria de 1801.

    Hawass, que já foi comparado ao personagem Indiana Jones por conta de seu estilo exagerado, inclui na lista de relíquias que deseja ver de volta ao Egito o busto de Nefertiti, no Neues Museum de Berlim; uma estátua do arquiteto Hemiunu do Roemer-Pelizaeus Museum, em Hildesheim, na Alemanha; o zodíaco retirado do Templo de Dendera, exposto no Louvre, em Paris; o busto de Ankhaf, do Museu de Belas Artes de Boston, nos EUA; e uma estátua de Ramsés 2º, no Museo Egizio em Turim, na Itália.

    A Pedra de Rosetta, que tem inscrições em hieróglifo, demótico e grego, está no Museu Britânico desde 1802 e é a peça central da coleção de arte egípcia da instituição, atraindo milhões de visitantes por ano.

    O Museu Britânico disse em comunicado que sua coleção deve permanecer intacta, mas que consideraria um empréstimo para o Egito.

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