A Alemanha rejeita a comercialização dos símbolos do nazismo e apoia a criação de um museu com os restos do encouraçado nazista Graf Spee, afundado em 1939 diante da costa do Uruguai, revelou nesta terça-feira (9) o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle.
Durante visita a Montevidéu, o ministro manifestou seu desejo "de evitar que os restos dos símbolos do regime nazista cheguem ao comércio".
"O que queremos realmente é que se faça algo construtivo" com os restos do Graf Spee e a "Alemanha está disposta a colaborar (...) para que sejam exibidos dentro de um contexto histórico, como num museu".
Mergulhadores uruguaios resgataram em 2006 a imponente estatueta de "águia nazista" do navio, de 2,8 metros por 2 metros, e 350 quilos.
Dois anos antes já haviam resgatado um telêmetro, instrumento óptico de 27 toneladas em forma de cruz, com 6 metros de altura por 10,5 de largura, usado pela artilharia do encouraçado.
"Queremos uma solução construtiva para este problema", disse Westerwelle, cujo governo já protestou formalmente contra a venda de objetos do navio.
O Graf Spee enfrentou os cruzadores britânicos Exeter e Ajax, e o neozelandês Achilles na Batalha do Rio da Prata, um dos primeiros confrontos navais da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ocorrido no dia 13 de dezembro de 1939.
O comandante do navio alemão, Hans Langsdorff, decidiu abandonar o combate e seguir para Montevidéu, onde desembarcou sua tripulação antes de afundar o Graf Spee com explosivos, para não cair na mão dos ingleses.