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Concepção artística do Timurlengia euotica, um 'tio-avô' do tiranossauro rex na história evolutiva |
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Ciência
Tuesday, 05-Nov-2024 20:30:17 -03'Tio-avô' do tiranossauro rex tinha tamanho de um cavalo
DE SÃO PAULO
15/03/2016 10h01
Um antigo ancestral do tiranossauro rex pode ajudar a explicar como alguns lagartões 'meia-boca' se transformaram nas monstruosidades que reinaram na Era dos Dinossauros.
O T. rex viveu em um período entre 80 e 66 milhões de anos atrás e é considerado pelos especialistas um dos melhores exemplos de sucesso evolutivo e ecológico.
A questão que sobra é: qual o caminho que os lagartões tiveram que fazer para se tornarem uma máquina mortífera que ocupava o topo da cadeia alimentar?
O anúncio da descoberta de uma nova espécie, publicado nesta segunda (14) pela revista americana "PNAS", ajudou paleontólogos a se aprofundarem um pouco mais na questão.
Mark Wilson/Getty Images/AFP Paleontólogo compara um dente de T. rex (o maior) com um do tiranossaurídeo recém-descoberto Trata-se do Timurlengia euotica, um quase simpático tiranossaurídeo que viveu cerca de 10 milhões de anos antes de seu primo mais famoso.
Ele tinha o tamanho de um cavalo (entre 170 e 270 kg) e está em uma posição intermediária entre alguns tiranossaurídeos menores (do tamanho de uma pessoa) e mais antigos (de até 170 milhões de anos atrás) e o T. rex.
Partes do esqueleto fossilizado do T. euotica foram encontrados em um deserto no Uzbequistão (na Ásia), notadamente um pedaço da caixa craniana.
Analisando os ossos, os cientistas observaram que, a essa altura da evolução, o bicho já tinha algumas características que seriam apresentadas pelo T. rex, como formato do cérebro e características da orelha interna. Os ossos do dino já tinham características que permitiriam com que, no futuro, os tiranossauros atingissem um tamanho colossal.
Em pouco tempo (alguns milhões de anos, na escala evolutiva), o tiranossauro teria ganhado uma massa substancial de mais de seis toneladas, mostrando uma forte pressão evolutiva nesse sentido.
Mas a descoberta ainda é "apenas um ponto no meio de um intervalo ainda sombrio", escrevem os autores, do Reino Unido, Rússia e EUA. A "lacuna" evolutiva da linhagem do T. rex ainda necessita de novos achados fósseis para ser totalmente compreendida.
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