• Ciência

    Thursday, 18-Apr-2024 01:29:06 -03

    mosquito aedes aegypti

    Sanofi faz parceria com Fiocruz para produção de vacina contra a zika

    DA REUTERS

    27/10/2016 09h24

    Associated Press
    O mosquito _Aedes aegypti_, transmissor da dengue, zika e chikungunya
    O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya

    A empresa farmacêutica francesa Sanofi fechou um acordo de colaboração com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra a zika, consolidando sua posição na corrida para derrotar o vírus.

    O acordo com a Fiocruz vem na esteira de uma parceria entre a Sanofi e um instituto de pesquisa do Exército dos Estados Unidos que, acertado em julho, deu à farmacêutica acesso a uma das vacinas em estágio de desenvolvimento mais avançado.

    A Sanofi informou nesta quinta-feira (27) que agora as três organizações de pesquisa irão trabalhar juntas para "aumentar a probabilidade de desenvolver com sucesso e licenciar o mais rápido possível uma vacina segura e eficaz contra a zika".

    A companhia francesa saiu na frente das grandes farmacêuticas na pesquisa para uma vacina antizika, reflexo de sua perícia no desenvolvimento de vacinas contra os chamados flavivírus, como febre amarela, dengue e encefalite japonesa.

    Em fevereiro, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou uma emergência de saúde global por causa da aparente conexão entre o vírus da zika e a microcefalia, uma má-formação craniana, o que galvanizou os esforços para apressar a criação de uma vacina. Se tudo correr bem, alguns especialistas acreditam que, se tudo correr bem, uma vacina poderá chegar ao mercado em até dois anos.

    "Faz todo o sentido para o bem da saúde pública que combinemos nossa perícia e nossos recursos sobre a zika com a Fiocruz, e é ideal que ela esteja sediada no Brasil, onde se localiza o cerne da atual experiência de Zika", disse John Shiver, vice-presidente sênior de pesquisa da unidade de vacinas da Sanofi.

    Os cientistas da Fiocruz devem ajudar em áreas como estudos pré-clínicos e clínicos, assim como no desenvolvimento do processo de vacinas e em outras questões técnicas.

    Ainda que os surtos atuais na América Latina e no Caribe tiverem terminado quando a vacina estiver pronta para uso, as pessoas que moram nestas regiões devem querer se proteger contra novas epidemias de zika.
    Dezenas de milhões de viajantes dos EUA e de outras nações ricas também poderiam se vacinar antes de visitar áreas de risco.

    Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024