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Saturday, 21-Jun-2025 08:22:46 -03Hélio Schwartsman
Precisamos falar sobre cotas
16/12/2017 02h00
SÃO PAULO - "Temos tido a primeira experiência no mundo em cotas para a maioria da população, é um desafio lidar com isso", declarou à Folha o professor Juarez Xavier, da Unesp. Uma forma equivalente de descrever o fenômeno é dizer que erguemos uma barreira ao acesso de uma minoria da população. E isso pode ser um problema.
Dado que o número de vagas em universidades é finito, cotas operam mais ou menos como subsídios cruzados, que funcionam melhor quando é uma minoria que recebe o benefício custeado pela maioria do que na situação inversa. No primeiro caso, a conta não dói muito no bolso de ninguém e a coisa é bem metabolizada pela sociedade. No segundo, os grupos que se veem como pagando desproporcionalmente mais tendem a sentir-se injustiçados, o que costuma gerar ressentimentos e abre espaço para encrencas futuras.
PublicidadeNos EUA, estudantes asiáticos estão processando a Universidade Harvard, acusando-a de discriminá-los para favorecer membros de outras etnias. Na Índia, que tem um sistema de cotas e subcotas muito mais antigo, amplo e complexo do que o brasileiro, já houve protestos violentos (com mortes) de grupos que exigiam ser incluídos entre os beneficiários.
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É a política mais racista que já se viu na história da humanidade. E pior associa-se a inversão do esforço e do mérito. Invertem completamente a lógica do esforço do estudante e de toda família. Quanto mais os pais se esforçarem para dar uma boa educação maior será a dificuldade de conseguir uma faculdade boa. Quanto mais o aluno se esforça mais importante torna-se a cor de sua pele. É o maior racismo contra brancos.. Mas isso não se pode falar, não é mesmo...