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    Mercado Aberto

    Após compra, Ambev soma 100 centros de distribuição

    11/09/2014 03h00

    Com aquisições recentes, a fabricante de bebidas Ambev atingiu a marca de cem centros próprios de distribuição direta.

    A empresa não informa o valor das compras, mas afirma que investimentos em reforma, ampliação e novos centros logísticos totalizaram R$ 500 milhões neste ano.

    As duas últimas aquisições foram finalizadas no mês passado. Em 2014, foram compradas até agora sete dessas unidades logísticas. No ano passado, haviam sido 13.

    Os novos centros têm capacidade para a movimentação de 30 a 40 caminhões de entrega por dia.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Tínhamos, de início, apenas seis revendas próprias que eram usadas como laboratório. Saíram de seis para cem em 15 anos", afirma Vinicius Barbosa, vice-presidente de logística e suprimentos da companhia.

    A Ambev, assim como a Brahma e a Antarctica, que deram origem à empresa, operava totalmente com revendedores, exceto por essas seis revendas próprias, lembra o executivo.

    A empresa trabalha hoje com 36 transportadoras, de várias regiões do país.

    A Ambev realiza cerca de 113 mil viagens por mês.

    Aproximadamente 2.000 deslocamentos mensais para entregas, em 15 Estados, são feitos com compartilhamento de frotas.

    A companhia tem parceria com outras cinco empresas de setores diversos nesse projeto, de acordo com a Ambev.

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    Na contramão

    A incorporadora You,Inc anunciará 13 empreendimentos no ano que vem –todos prédios residenciais com apartamentos de 30 m2 a 80 m2. Juntos, eles demandarão R$ 150 milhões.

    Apesar da desaceleração do mercado imobiliário, a empresa aumentará seu ritmo de lançamentos. Neste ano, serão nove e um aporte de R$ 120 milhões.

    "O segmento em que atuamos, o médio, com imóveis de aproximadamente R$ 500 mil, é muito demandado. Acreditamos que continuará assim no longo prazo", afirma Eduardo Muszkat, sócio da empresa.

    Leonardo Soares - 18.fev.2014/Folhapress
    Eduardo Muszkat, sócio da incorporadora
    Eduardo Muszkat, sócio da incorporadora

    "Nossos clientes são casais comprando seu primeiro apartamento ou se mudando para regiões perto do trabalho ou de um metrô", acrescenta o empresário.

    "Além disso, nosso estoque ainda é baixo. Considerando projetos que foram lançados, mas não estão prontos, fica em 15%."

    Os recursos serão injetados pela própria companhia e por três outros parceiros, sendo dois deles fundos de investimentos.

    19 são os atuais projetos em construção da empresa

    R$ 500 mil é o valor médio dos imóveis

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    Ainda menores

    O desempenho fraco da economia e a piora na confiança dos consumidores fizeram o faturamento das micro e pequenas empresas paulistas recuar 4,6% em julho na comparação com o mesmo mês de 2013.

    O dado é de levantamento do Sebrae-SP e desconta a inflação do período.

    O setor de comércio puxou a retração, com -14,1%. A indústria registrou queda de 2,8%. Beneficiados pelo segmento de transportes (que desacelerou em 2013), os serviços foram os únicos a avançar (8,3%).

    Na comparação com junho deste ano, porém, as pequenas e micro empresas cresceram 1,3%. No total, a receita alcançou, em julho, R$ 45,7 bilhões, ou R$ 586,3 milhões a mais que no mês anterior.

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    Aos candidatos: demandas do empreendedor

    A Endeavor, organização sem fins lucrativos que apoia o empreendedorismo, vai realizar um ciclo de debates individuais com candidatos à Presidência para apresentar demandas do setor.

    A entidade convidou Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva. A pessebista foi a primeira a confirmar presença no encontro, marcado para a próxima terça-feira (16), em São Paulo.

    Um dos principais pleitos é a inclusão no Simples de empresas que faturam mais de R$ 3 milhões.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Embora o modelo beneficie as micro e pequenas, ele transmite a mensagem de que elas não serão mais beneficiadas à medida em que crescem", diz Juliano Seabra, diretor da Endeavor.

    A instituição sugere também a inclusão de capacitação nas grades curriculares de escolas no país.

    "O empreendedor ainda carece de conhecimentos para tocar um negócio e isso o leva a cometer erros básicos, que fazem com que uma ótima ideia falhe."

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    Receita sem papel

    Oito em cada dez entrevistados (81%) que consumiram medicamentos prescritos por farmacêuticos nos últimos 12 meses não receberam uma cópia da receita assinada pelo profissional, diz pesquisa do ICTQ (instituto de pós-graduação para farmacêuticos).

    A resolução do Conselho Federal de Farmácia, que autorizou o profissional da área a receitar remédios que não precisem de prescrição médica, determina que o ato precisa ser documentado, afirma Marcus Vinícius Andrade, diretor do ICTQ.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Não pode ser apenas oral. A receita carimbada é a garantia que o paciente tem, até para que, caso ocorra um equívoco do farmacêutico, isso possa ser comprovado."

    Cerca de um ano depois da resolução, cresceu o apoio à prescrição farmacêutica, ainda segundo o estudo.

    A aprovação passou de 39% em agosto de 2013 para 72% no mês passado. Foram ouvidas 2.548 pessoas.

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    Vidro... O Centro Paula Souza, que coordena o ensino técnico em São Paulo, vai criar um curso para formar profissionais em produção de vidro.

    ...no currículo Um protocolo foi firmado entre a instituição e a Abividro (que representa o setor). O Estado tem 70% da produção nacional.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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