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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Rodoanel Norte exigirá um aporte de R$ 582 milhões de vencedora

    06/10/2017 03h00

    Moacyr Lopes Junior/Folhapress

    O trecho norte do Rodoanel Mário Covas demandará um investimento de R$ 581,6 milhões durante os 30 anos de concessão.

    O critério para definir o vencedor da disputa será o maior valor de outorga.

    O lance mínimo será estipulado em R$ 462,3 milhões, de acordo com a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).

    O Rodoanel Norte terá 47,6 quilômetros de extensão e vai integrar os trechos leste, operado pela SPMar, do grupo Bertin, e oeste, sob concessão da CCR.

    O trajeto é considerado um dos mais atrativos para a iniciativa privada por ter uma ligação de quase quatro quilômetros com o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.

    A previsão é que a obra seja entregue pela Dersa (empresa estadual de desenvolvimento rodoviário) no ano que vem -o leilão ocorrerá antes disso, em 10 de janeiro.

    "O resultado das últimas licitações mostra que o modelo adotado neste ano em São Paulo foi bem aceito pelo mercado", afirma Giovanni Pengue Filho, diretor-geral da Artesp.

    Assim como as outras rodovias licitadas pelo governo em 2017, o edital do trecho norte do Rodoanel permite a participação de fundos de investimento.

    Em março, a proposta do Pátria arrematou o lote de rodovias no centro-oeste paulista por R$ 917,2 milhões.

    Constam também no edital instrumentos de proteção cambial e a obrigatoriedade de desconto de 5% nos pedágios pagos pelos usuários que utilizem meio eletrônico.

    R$ 462,3 MILHÕES
    será o lance mínimo aceito no leilão do dia 10 de janeiro

    47,6 KM
    é a extensão do trecho, que passará por São Paulo, Arujá e Guarulhos

    180 KM
    é a extensão total dos quatro trechos da rodovia

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    Improdutividade brasileira

    A produtividade da indústria brasileira é quase quatro vezes menor que a dos Estados Unidos, segundo a Abimaq (associação brasileira do setor de máquinas).

    O Brasil também fica atrás de outros mercados, como Argentina e México, ao se analisar a razão entre a receita líquida da indústria e o número de pessoas empregadas.

    O único país tido como menos produtivo em relação aos fabricantes nacionais é a China, afirma Mario Bernardini, diretor da Abimaq.

    "Mesmo que as empresas brasileiras sejam mais produtivas, elas são menos competitivas que as chinesas quando comparamos o preço das exportações. Isso por diversos motivos, como o câmbio."

    Embora tenha uma média baixa, a eficiência das empresas nacionais varia de acordo com o seu tamanho.

    "Quem puxa a produtividade para baixo no país são as empresas pequenas, em grande parte por causa da dificuldade de acessar máquinas mais modernas", afirma.

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    Editoria de Arte/Folhapress
    gráfico
    gráfico

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    Economia e quantidade e carros influenciam poluição em SP

    ozonio

    A crise econômica pode ter ajudado a melhorar a poluição na Grande São Paulo em 2015 e 2016. Com mais atividade econômica neste ano, o indicador volta a piorar.

    Um dos principais poluentes, o ozônio, que se forma com a reação de gases combustíveis de carros com outros químicos no ar, foi um problema menor nos anos de 2015 e 2016 que em 2014.

    A evolução é a mesma do movimento de veículos em estradas em torno da cidade: queda em 2015 e 2016, aponta a ABCR (associação de concessionárias).

    Em 2017, há mais fluxo -o índice de agosto é 2,52% maior que o do ano passado. O indicador do ar também se deteriorou: até setembro, foram 30 dias de ozônio em excesso, contra 32 em 2016 inteiro.

    "Não há razão tecnológica que justifique a variação do poluente, os carros são iguais, a inspeção veicular não voltou. Usou-se menos máquinas", afirma Gabriel Murgel Branco, sócio da consultoria Environmentality.

    Não se trata de fator preponderante, diz Lúcia Guardani, gerente da Cetesb: "A sensibilidade à economia existe, mas o fator meteorológico é muito importante."

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    Melhor idade

    A Prevent Senior, operadora de saúde paulista direcionada ao público acima dos 49 anos, planeja iniciar sua operação em outras regiões do país no próximo ano.

    A ideia inicial era abrir unidades em outras capitais já em 2017, mas o plano foi postergado devido à crise, segundo o sócio Fernando Parrillo.

    O valor reservado para o projeto, de até R$ 100 milhões, foi investido em aquisições e na expansão da rede de atendimento em São Paulo.

    A previsão para 2018 é que o valor aportado seja maior que o deste ano. "A demanda voltou a se aquecer, e devemos chegar a outros Estados", afirma o executivo.

    A empresa, que não oferece planos corporativos, prevê um crescimento de 15% a 22% da receita neste ano.

    O projeto em tramitação no Congresso para permitir o reajuste dos preços de planos após os 60 anos não afetará a empresa, diz ele.

    "Nosso modelo de negócios prevê apenas reajustes pela inflação, mesmo para clientes abaixo dessa idade."

    R$ 2 bilhões
    foi a receita no ano passado

    50
    são as unidades de atendimento da rede da Prevent Senior

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    Vento Furnas vai investir R$ 5 milhões em um túnel de vento para avaliar os efeitos do movimento do ar nos sistemas de geração de energia eólica. Desde 2008, a subsidiária da Eletrobras investiu R$ 251 milhões em inovação.

    Baixos... O setor de private equity foi um dos que mais sofreram retração no mercado de fusões e aquisições até setembro, aponta a consultoria TTR. O total de transações caiu 16%, enquanto em venture capital houve queda de 8%.

    ...e altos O mercado como um todo teve alta de 4%. No cenário de private equity, o segmento imobiliário foi o que mais cresceu, com alta de 50%, seguido pelo de saúde, higiene e estética (33%).

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    Hora do café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA, IGOR UTSUMI e LETÍCIA NAÍSA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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