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    Após roubos em museus, governo de SP decide aumentar investimento em segurança

    TATIANA SANTIAGO
    Colaboração para a Folha Online

    24/09/2008 17h35

    Após furtos de obras de arte de importantes museus na cidade de São Paulo, a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo realizou nesta quarta-feira um debate sobre segurança nesses estabelecimentos. Participaram da discussão o secretário de Cultura João Sayad, além de representantes das polícias Civil, Federal e de empresas especializadas em segurança.

    Em fevereiro deste ano, foi feita uma parceria entre a Secretaria de Cultura e Secretaria de Segurança Pública com o objetivo de proteger o patrimônio histórico, mas os investimentos na área foram ampliados após o roubo na Estação Pinacoteca no dia 12 de junho, quando foram levadas as obras "O Casal" (1919), de Lasar Segall, "O pintor e seu modelo" (1963) e "Minotauro, bebedor e mulheres" (1933), de Pablo Picasso, e "Mulheres na janela" (1926), de Di Cavalcanti.

    Na etapa inicial 12 museus serão beneficiados com a ampliação de investimentos, incluindo a Pinacoteca, a Estação Pinacoteca, o MIS (Museu de Imagem e Som) e o Museu do Café (em Santos), entre outros. Algumas medidas já foram adotadas como o treinamento de funcionários, aumento do número de vigias, monitoramento por câmeras de vídeo 24h, contratação de seguranças armados e detector de metais nos locais que abrigam as obras mais valiosas.

    Segundo Claudinéli Moreira Ramos, coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico, a principal questão da segurança é a capacitação profissional, "Cada funcionário é um agente de segurança e precisa estar atento a tudo que ocorre para minimizar os riscos de um assalto. Mas também é preciso prestar atenção na edificação para que o patrimônio histórico não seja destruído."

    O roubo de obras de arte é um problema em todo mundo, por isso a delegada da Interpol, Vanessa Souza, salientou a importância dos procedimentos que devem ser tomados na repressão ao tráfico internacional. "Quando uma obra é roubada ou furtada, é preciso incluí-la imediatamente na base de dados internacional como prevenção, pois se for levada para o exterior pode ser reportada para o país de origem". Segundo a delegada, a Interpol tem 186 países associados que colaboram com informações através da descrição na base de dados e caso seja localizada será feita uma perícia.

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