O texto acaba com fumódromos e restringe que o fumo possa ser utilizado em locais como a própria casa do fumante, espaços ao ar livre e vias públicas. A exceção inclui ainda estabelecimentos médicos em que algum paciente esteja autorizado a fazer uso do fumo, locais específicos --charutarias-- e cultos religiosos onde o fumo faça parte do ritual.

Leia a opinião de fumantes e não fumantes sobre a nova lei:

Sérgio Leite de Melo, 26, manobrista, não fuma e apoia a lei
"A gente tá comendo, o pessoal chega fumando. O cigarro prejudica muito. Às vezes, quem não está fumando é mais prejudicado do que quem está fumando. Eu acho a lei uma boa opção.

Eu acho também que o dono do restaurante não tem direito de decidir se ali pode fumar. Ele está fazendo comida para os outros comerem, não ele. Eu acho que tem de respeitar, mas que cada um continue com seus vícios, só que em lugares abertos".

Kátia de Oliveira, 32, supervisora de telemarketing, fuma e discorda da lei
"Estou me sentindo péssima porque agora eu não tenho mais onde fumar. Eu vou fumar onde? Só na rua. Agora, sinceramente, não dá mais vontade nem de sair. Você vai num bar tomar uma cerveja e não pode fumar? Melhor nem ir.

Eu acho que deve ter o respeito para os não fumantes com certeza, só que nessa lei eles pegaram pesado porque, até então, quando estava lá que podia separar ambiente fumante de não fumante, era justo. Agora, proibir geral? Isso eu não concordo".

Maria Antonieta da Silva, 26, atendente, fuma e concorda com a lei
"Eu não gosto de fumar da boca de ninguém. Eu acho errado [fumar em lugar fechado] porque a segunda pessoa que sente o cheiro fuma mais do que o fumante, então prejudica, né?

Se eu estiver no restaurante, eu saio para fumar. Simples assim."

Edite Aguiar, 60, dona de um restaurante, não fuma e concorda com a lei
"Aqui sempre foi proibido, mesmo sem a lei. Primeiro porque eu detesto cigarro e outra porque não pode. E os fregueses concordam. Os cozinheiros, que queriam fumar, eu mandava fumar lá na rua. Aqui mesmo não.

Se eu vejo alguém fumando perto de mim, eu tenho ânsia de vômito, passo mal"

Waltencir Azevedo, 27, jornaleiro, não fuma e concorda com a lei
"Eu acho que, com a lei, o pessoal vai respeitar mais. Apesar da placa que eu pus aqui na banca, o pessoal entra fumando. Isso faz mal pra mim e pra outras pessoas. Tem gente até que, quando a gente pede para fumar fora, nunca mais volta."

Leandro Monteiro, 28, vendedor, fuma e discorda da lei
"Eu acharia certo [proibir o fumo] se fosse em lugares como restaurantes e bares. Mas, e as baladas? É normal o pessoal tá fumando lá. Em baladinhas assim eu acho que não tem problema.

Eu acho que o governo exagerou nessa lei aí, deveriam separar os fumantes dos não fumantes. Ainda mais agora com a extinção do fumódromo"

Francisco Alves Pereira, 60, taxista, não fuma e concorda com a lei
"Eu sou a favor da lei porque acho que, se eu não fumo, e entram dois ou três passageiros que fumam, então eu vou engolir fumaça até o final da corrida? Eu acho que não se deveria fumar em ambiente nenhum fechado. É que nem a lei seca, que era pra ter há 50 anos atrás. Quantas vidas nós não tínhamos salvo numa dessas?"

Nelson Batista da Silva, 55, taxista, fuma e concorda com a lei
"Eu fumo, mas respeito e continuarei respeitando quem não fuma. Eu saio do local. E quanto mais ambiente em que não se pode fumar, melhor para mim, já que me obriga a fumar menos."

João de Deus, 35, copeiro, não fuma e concorda com a lei
"Eu acho que está certo proibir, mas deveria ter um lugar específico para os fumantes podem fumar seu cigarros. Cada um sabe o que faz".

Bruno Fugi, 25, projetista, fuma e discorda da lei
"Eu sou contra a lei simplesmente porque eu fumo. Deveria ter um espaço reservado, essa é a minha opinião. Acho que o governo exagerou porque vai obrigar a maioria do pessoal a parar de fumar, já que não vai ter mais lugar permitido.

Não vou parar de sair, mas vou ter que parar de fumar".