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    Saiba mais sobre o traficante Fernandinho Beira-Mar

    da Folha Online

    10/11/2009 19h12

    O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado no dia 10 de novembro último pelo envolvimento no assassinato do também traficante João Morel, ocorrido em 21 de janeiro de 2001 no presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS).

    Beira-Mar nega assassinato de traficante em presídio de MS

    Beira-Mar já tem condenações por tráfico de drogas e formação de quadrilha. É também acusado de lavagem de dinheiro, contrabando e associação para o tráfico internacional de drogas.

    Carlos Humberto/Efe
    Beira-Mar é julgado por assassinato de traficante em presídio de Campo Grande
    Beira-Mar é julgado por assassinato de traficante em presídio de Campo Grande

    O traficante está preso desde abril de 2001, quando foi encontrado na Colômbia. Desde então, ele passou por diferentes unidades prisionais. Inicialmente, foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde ficou até abril de 2002.

    No mesmo ano, o traficante foi levado para Bangu 1, no Rio, onde teria comandado a rebelião que deixou quatro rivais mortos. Em fevereiro de 2003, foi transferido para a penitenciária de Presidente Bernardes, em São Paulo, onde ficou por um mês até ser levado, pela primeira vez, para a Superintendência da PF em Maceió (AL).

    Beira-Mar retornou para Presidente Bernardes em maio de 2003. O presídio é considerado um dos mais seguros do país.

    Em julho de 2005, Beira-Mar foi levado para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília, onde ficou até outubro, quando foi transferido para Florianópolis (SC). O governo do Estado recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir a transferência do traficante.

    Em novembro do mesmo ano, após a Polícia Federal descobrir um plano de resgate, o traficante foi levado novamente para Maceió. Um mês depois, o governo do Estado iniciou uma batalha judicial para a saída de Beira-Mar. Policiais federais apontavam falta de segurança na carceragem para abrigar um preso como ele.

    Beira-Mar saiu de Maceió e foi levado para a Superintendência Regional da PF (Polícia Federal) em Brasília em março de 2006. Quatro meses depois, foi o primeiro preso a ocupar a penitenciária federal de Catanduvas.

    Desde julho de 2007, ele permanece no presídio federal de Campo Grande (MS).

    Também em 2007, investigações revelaram que o traficante, apesar de preso, manteve o controle do tráfico de drogas, segundo a Polícia Federal. Na ocasião, policiais realizaram uma operação para desarticular o grupo que seria liderado por Beira-Mar.

    Em junho último, a PF (Polícia Federal) prendeu 17 pessoas suspeitas de integrar quadrilha ligada ao traficante. Segundo as investigações, o grupo atuava com o transporte de drogas da Bolívia para o Brasil e distribuía os entorpecentes em cinco Estados: São Paulo, Minas, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

    Em julho, o juiz da 3ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (MG), José Eustáquio Lucas Pereira, determinou o sequestro de bens e de dinheiro de contas bancárias de Beira-Mar. A Justiça determinou ainda o confisco do dinheiro mantido em contas bancárias em nomes de terceiros que, segundo o juiz, eram utilizadas para movimentar o dinheiro obtido no tráfico. Em sua decisão, o juiz afirmou não ter dúvidas da origem ilícita do dinheiro.

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