O governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu retomar a obra da linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo apesar das suspeitas de que houve acerto entre as empreiteiras na divisão dos lotes.
Linha 5 do metrô deve ser ampliada até o Jardim Ângela
Linha 5 do metrô de SP deve ter licitação nova, diz Alckmin
Promotor pede para Metrô manter obra da linha 5 parada
Governo vê conluio em licitação do Metrô de SP
Metrô suspende contratos da linha 5 após denúncia
Resultado de licitação do metrô já era conhecido
A suspeita foi revelada pela Folha em outubro do ano passado. Um vídeo e um documento com firma reconhecida em cartório anunciavam seis meses antes da conclusão da licitação os vencedores dos lotes 3 a 8 da linha Lilás.
O presidente do Metrô, Sergio Avelleda, disse à Folha que o vídeo e o documento não tinham força de prova judicial. Foi essa a conclusão de um processo interno feito pela companhia e de análise do Instituto de Criminalística.
"Os indícios de conluio não se transformaram em provas", afirmou Avelleda.
O trecho, orçado em cerca de R$ 4 bilhões, será a obra mais cara do Metrô de São Paulo.
Esse trecho ligará a Chacara Klabin, na Vila Mariana, à Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, ambos na zona sul.
Logo após a revelação da Folha, o então governador Alberto Goldman (PSDB) suspendeu a licitação por conta das suspeitas.
Investigação feita pela corregedoria do próprio governo do Estado concluiu que havia indícios de conluio.
O texto com a revelação das empresas vencedoras, do jornalista Ricardo Feltrin, ganhou o Prêmio Folha do ano passado na categoria reportagem.
Os consórcios que farão a obras são os seguintes:
- Camargo Corrêa-Andrade Gutierrez (trecho 3)
- Mendes Junior (trecho 4)
- Heleno Fonseca-Triunfo (trecho 5)
- Carioca-Cetenco (trecho 6)
- Odebrecht-OAS-Queiroz Galvão (trecho 7)
- CR Almeida-Consbem (trecho 8)
O prazo previsto para a obra é de 44 meses. Se começar no próximo mês e terminar no prazo estipulado, a linha Lilás ficará pronta em dezembro de 2014.