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    Polícia indicia sete pessoas pelo tumulto no Carnaval de SP

    DE SÃO PAULO

    21/03/2012 14h55

    A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a confusão ocorrida na apuração do Carnaval de São Paulo e indiciou sete pessoas pelo tumulto. Outras duas pessoas vão responder por contravenção penal. O documento deve ser encaminhado à Justiça ainda nesta quarta-feira.

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    Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), Tiago Tadeu Faria, 29, da Império da Casa Verde, e Cauê Santos Ferreira, 20, da Gaviões da Fiel, foram indiciados sob suspeita de suprimirem documentos e causarem danos. Eles tinham sido presos no dia da confusão e soltos depois de pagar fiança.

    Alexandre Salomão, o Teta, e Washington Alessandro de Campos, diretor e integrante da escola Camisa Verde e Branco, respectivamente, foram indiciados sob suspeita de supressão de documentos.

    Já em relação ao incêndio que atingiu um carro alegórico da Pérola Negra durante o tumulto, a polícia apontou três responsáveis e indiciou Edinei Moraes Sarmento, Luciano Zacarias e Tiago Nascimento, todos da Gaviões da Fiel.

    Também foram incluídos no inquérito da polícia o presidente da escola de samba Vai-Vai, Darly Silva, o Neguitão, e o presidente da Pérola Negra, Edilson Casal. Eles, porém, vão responder por "provocar tumulto", uma contravenção penal considerado crime de menor potencial ofensivo, segundo a polícia.

    A Liga Independente das Escolas de Samba informou que ainda não teve acesso ao resultado do inquérito, mas que seu Departamento Jurídico já solicitou uma cópia. A assessoria de imprensa informou que somente após receber o documento o presidente da Liga, Sérgio Ferreira, vai "se pronunciar e convocar o conselho para avaliação das medidas a serem tomadas".

    Já a prefeitura, que no dia seguinte à confusão anunciou que passaria a cuidar da segurança do desfile, informou que também não recebeu o relatório do inquérito.

    Sobre as medidas, informou que uma comissão especial criada pela SPTuris (empresa municipal responsável pelo Carnaval) "vai requisitar cópia do inquérito policial para avaliar as medidas cabíveis".

    Após a confusão, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que aguardava investigação da polícia e que, caso houvesse vinculação de alguma escola com o tumulto, ela seria punida. Segundo Kassab, a escola poderia ficar até dois anos sem receber verba da prefeitura.

    Reprodução-21.fev.12/TV Globo
    Homem invade área onde notas eram lidas, pega e rasga documentos; veja mais fotos
    Homem invade área onde notas eram lidas, pega e rasga documentos; veja mais fotos da confusão

    JURADOS

    No início da semana, o Ministério Público informou que instaurou um inquérito civil para apurar a suspeita de fraude no processo de escolha dos julgadores do Carnaval deste ano.

    O procedimento foi aberto após o promotor Carlos Cardoso de Oliveira Júnior ter recebido uma representação informando sobre supostas irregularidades no processo.

    CONFUSÃO

    O tumulto ocorreu durante a leitura das últimas notas do Grupo Especial, no Anhembi (zona norte), no dia 21 de fevereiro. As duas últimas notas foram roubadas e rasgadas, o que interrompeu o processo.

    A confusão começou quando dirigentes de algumas escolas tentaram invadir o palco onde as notas eram lidas, mas foram contidos por seguranças. Enquanto isso, Tiago Faria, da Império de Casa Verde, driblou a confusão, agrediu o locutor da apuração com um chute, pegou o envelope com as notas e o rasgou.

    Policiais militares que estavam no local tentaram proteger os locutores e jurados, mas a confusão foi generalizada. Integrantes de outras escolas também invadiram a área.

    O tumulto dentro do Anhembi, onde ocorria a apuração, se espalhou e acabou se tornado vandalismo. Torcedores da Gaviões invadiram a marginal Tietê e chutaram placas da cerca do sambódromo enquanto seguiam em direção à quadra da escola.

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