Um tiroteio entre suspeitos e policiais militares resultou em nove pessoas mortas e cinco presas na tarde desta terça-feira (11) na cidade de Várzea Paulista, na região de Jundiaí (a 58 km de São Paulo).
Mortes cometidas por policiais da Rota sobem 45%
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, a polícia recebeu uma denúncia anônima informando o local onde um homem suspeito de estupro seria julgado por um "tribunal do crime" --em que criminosos punem condutas indesejadas com a morte.
Dois pelotões da Rota (grupo especial da PM paulista), com 40 policiais em dez carros, chegaram à chácara por volta das 16h30. Ao avistarem os policiais, seis suspeitos tentaram fugir em dois carros --um Pointer prata e um Corsa prata. Na perseguição, houve troca de tiros e quatro foram mortos e três presos.
Na chácara, cinco suspeitos morreram na troca de tiros e outros cinco foram presos.
No local, a PM apreendeu duas espingardas calibre 12, uma metralhadora, sete pistolas, quatro revólveres, cinco veículos roubados e 20 quilos de maconha, dinamite e granada. Além dos criminosos, uma mulher e uma criança estavam na chácara.
A polícia já identificou seis suspeitos --todos tinham ficha criminal.
Em nota, a Prefeitura de Várzea Paulista informou que foram registrados nove mortes de pessoas não identificadas, trazidas ao Hospital da Cidade pela Rota. A prefeitura diz que "alguns desses indivíduos já chegaram sem vida ao local e que uma equipe médica foi mobilizada para atender as ocorrências, mas os eles não resistiram aos ferimentos".
O número de suspeitos que chegaram mortos não foi informado. Os corpos permanecem no hospital e ainda passarão por perícia.
Segundo vizinhos ouvidos pela Folha, a chácara onde ocorreu o tiroteio era usada para festas com música alta até a madrugada, quase todos os fins de semana.
O terreno tem cerca de 2.000 m² e abriga uma casa de 250 m², recentemente construída. Segundo vizinhos, o preço do aluguel é de R$ 300 por dia.
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