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    PCC lamenta prejuízos por ações da polícia em SP

    DE SÃO PAULO
    DO "AGORA"

    01/10/2012 05h30

    Os arquivos da facção criminosa PCC revelam que os criminosos têm relatado dificuldades financeiras por conta das ações das polícias Civil e Militar.

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    "É fato que vivemos momentos de esforço da parte do governo, que usa tudo o que pode para nos atrasar", diz trecho do documento obtido pela Folha, de outubro passado.

    Nas duas mais exitosas operações, os policiais apreenderam mais de uma tonelada de droga e prenderam um traficante que é considerado pelo secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, um dos maiores de São Paulo.

    Em março, a delegacia de narcóticos apreendeu 1.200 kg de cocaína em um sítio em Jarinu (na região de Campinas) e em mais seis casas em São Paulo.

    Conforme o delegado Newton Fugita, que atuou na ação, a perda é estimada em R$ 25 milhões.

    No último dia 10, foi preso Cláudio Marcos de Almeida, 41, o Django. Ele controlava 50% do volume de cocaína traficado pela facção, estima a polícia.

    Segundo o secretário Ferreira Pinto, o suspeito ofereceu R$ 1 milhão aos policiais para escapar da detenção, o que foi recusado.

    EXAGERO DA MÍDIA

    Ao ser questionado sobre a atuação do PCC, Ferreira Pinto é categórico: "a influência do PCC é exagerada pela mídia". "Não é questão de minimizar o PCC. O que eles têm são 30, 40 pessoas que controlam o tráfico em larga escala."

    É por essa razão, segundo ele, que a facção criminosa elegeu como alvo prioritário a Rota. Para Ferreira Pinto, as prisões de traficantes feitas pela tropa da PM minam as finanças do PCC. Vem daí as mortes de policiais aparentemente ordenadas pela facção.

    A prova de que as prisões passam por um "momento tranquilo", segundo ele, é que a polícia não entra numa prisão para conter rebeliões há cinco anos.

    A pergunta é se essa tranquilidade não seria um sintoma de que está tudo controlado pelo PCC, e que não há interesse em confrontos, que atrapalham os negócios. Ferreira Pinto inclui essa hipótese na categoria das lendas. (RP, AB, JJ E MARIO CESAR CARVALHO)

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