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    Francês elogia paz do Vidigal e 'energia do morro Dois Irmãos'

    DO RIO

    28/10/2012 04h00

    Após três anos no Brasil, o parisiense Pierre Matthieu, 27, realizou no ano passado o sonho de morar no Rio. "Quando soube que um casal amigo acabava de reformar uma casa no Vidigal não pensei duas vezes," conta o produtor musical.

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    "Eu já conhecia umas pessoas queridas lá e sabia que eu ia trabalhar numa produtora na Gávea, que fica a 15 minutos andando daqui", diz ele, exagerando um pouco a proximidade do bairro.

    A percepção que ele tem da cidade está longe daquela dos estrangeiros que visitam o Rio de Janeiro a cada ano.

    "Para mim, a identidade do Rio não é biquíni, água de coco, capoeira e frescobol na praia, mas, sim, é essa cultura do quintal na zona norte com pandeiro, faca e prato."

    Daniel Marenco/Folhapress
    Francês Pierre Matthieu, 27, sobe as escadas da favela do Vidigal, onde mora, em São Conrado, zona sul do Rio
    Francês Pierre Matthieu, 27, sobe as escadas da favela do Vidigal, onde mora, em São Conrado, zona sul do Rio

    Apaixonado por samba desde a primeira vez que colocou os pés no Brasil em 2005, ele considera o Vidigal "um lugar abençoado".

    "Tem uma tranquilidade e uma paz que se reflete nas milhares de famílias do Ceará e da Paraíba instaladas aqui", diz ele. "Todo mundo se conhece, as crianças brincam na rua, tem galo e lindos passarinhos cantando."

    Mais que a vista, Matthieu conta que fica emocionado ao sentir "a energia das pedras dos Dois Irmãos".

    "Contemplar a beleza da mata atlântica e respirar uma ar fresco que renova a alma e inspira qualquer um", conta.

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