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    Polícia Civil investiga agressões a gays em São Paulo

    DE SÃO PAULO

    05/12/2012 06h00

    A polícia investiga dois casos de agressão a gays, supostamente causados por homofobia, ocorridos em São Paulo.

    'Apanhou de besta', diz suspeito de agredir gay em rua de Pinheiros

    Em um deles, no início da noite de anteontem, dois homens foram detidos após agredir um homossexual na rua Henrique Schaumann, uma das mais movimentadas de Pinheiros, na zona oeste.

    Segundo a Polícia Militar, o estudante de direito André Cardoso Gomes Baliera, 27, voltava de uma farmácia a pé quando passou a ser xingado por dois rapazes que estavam em um carro parado na esquina da rua Teodoro Sampaio.

    Após Baliera revidar os insultos, o empresário Bruno Portieri, 25, e o personal trainer Diego Mosca, 29, desceram e lhe deram chutes e socos.

    PMs em ronda pela região detiveram os agressores e os levaram ao 91º DP (Ceasa), onde foram autuados em flagrante por tentativa de homicídio.

    Baliera sofreu um corte na cabeça e ficou com hematomas. Ele foi levado a um hospital e liberado em seguida.

    Eduardo Knapp/Folhapress
    O estudante de direito André Cardoso Gomes Baliera, 27, que foi agredido em Pinheiros, zona oeste de SP
    O estudante de direito André Cardoso Gomes Baliera, 27, que foi agredido em Pinheiros, zona oeste de SP

    Na delegacia, Portieri e Mosca negaram homofobia e disseram que a briga surgiu de uma discussão de trânsito.

    "Ele apanhou, apanhou de besta. Se tivesse seguido o caminho dele não teria apanhado", disse Portieri ao deixar a delegacia, em imagens registradas pela TV Record.

    Testemunhas, porém, disseram à imprensa que a agressão foi causada por homofobia. A Folha não localizou os acusados ontem.

    No centro, o casal Vanessa Lucena, 32, e Kátia, 45, que não quis revelar o sobrenome, dizem ter sido xingadas e agredidas na sexta por um manobrista na rua Augusta.

    Vanessa, gerente de ONG, diz que foi buscar o carro no estacionamento Trevo quando os manobristas começaram a fazer piadas sobre elas.

    Na discussão, afirma o casal, um manobrista identificado como Sebastião da Silva chamou uma delas de "piranha". Kátia tentou agredi-lo e, quando foi contida, ele chutou sua perna. Vanessa caiu e torceu o joelho.

    O gerente do Trevo, Marcos Gomes, diz não saber o motivo da briga. "Só vi uma delas tentando agredir o manobrista." A polícia diz que o manobrista pode ser enquadrado por injúria e lesão corporal leve.

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