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    Perito de Gil Rugai diz que o caso está 'errado do começo ao fim'

    MARINA GAMA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    18/02/2013 10h19

    Pouco antes de começar o julgamento do ex-seminarista Gil Rugai, no Fórum da Barra Funda (zona oeste de SP), o perito Ricardo Molina, assistente técnico da defesa do réu, disse nesta segunda-feira que o caso "está todo errado, do começo ao fim".

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    Rugai é o principal suspeito da morte de seu pai, o empresário Luis Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, 33. O casal foi morto dentro de casa, em Perdizes (zona oeste de SP), em março de 2004.

    Segundo ele, a linha de investigação poderia ter tomado outra direção "onde havia provas contundentes e que não foram adotadas para que a acusação continuasse pairando sobre o Gil".
    Molina não detalhou qual linha de investigação poderia ter sido adotada, mas disse que será mostrado durante o julgamento que a perícia do caso foi "ridícula".

    OUTROS SUSPEITOS

    A defesa diz que vai apresentar o nome de dois suspeitos de ter cometido o crime durante o julgamento, mas não revelou quem são eles. A defesa diz que os nomes são conhecidos e que estão nos autos do processo. "Vamos mostrar elementos que nunca foram revelados à imprensa", diz o advogado de defesa Thiago Anastácio.

    Sem dar detalhes, os advogados de Gil Rugai disseram ainda que vão provar que o ex-seminarista estava a 4,5 km da casa do pai e da madrasta na hora do crime.

    O ex-seminarista chegou no fórum acompanhado da família por volta das 10h.

    Rugai chegou a ficar preso de abril de 2004 até abril de 2006, quando conseguiu uma liminar a seu favor no STF. Em 2009, ele voltou a ser preso e foi solto horas depois ao conseguir outra liminar do STF (Supremo Tribunal Federal). Atualmente, ele responde ao processo em liberdade.

    O advogado da família de Alessandra, Ubirajara Mangini Pereira, disse que os autos têm provas concretas e irrefutáveis de que Gil Rugai assassinou o pai e a madrasta. Ele teme que a defesa faça uma manobra para adiar o júri mais uma vez --advogados de Gil fizeram isso duas vezes, em dezembro de 2011 e março do ano passado.

    Mangini diz ter provas técnicas que colocam Gil Rugai "no local do crime".

    Entre os documentos, estariam laudos mostrando que a marca de pé na porta era do jovem e objetos achados no quarto dele, como um estojo compatível com o formato da arma encontrada depois no prédio do escritório de Gil.

    A expectativa da acusação é que o júri condene o ex-seminarista a uma pena de 30 anos de prisão.

    No julgamento serão ouvidas cinco testemunhas de acusação e nove de defesa. O júri será presidido pelo juiz Adilson Paukoski Simoni. A previsão era do julgamento começar às 10 horas desta segunda-feira, mas até as 10h10 não havia iniciado.

    Editoria de Arte/Folhapress
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