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    Alberto Chuairi (1926-2013) - Turcão, um zagueiro artilheiro

    JULIANA FERREIRA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    29/04/2013 00h00

    Mirando onde a trave encontra o travessão, Turcão se preparava para bater a falta. Calculava a curva da bola e dava um chute preciso. Foi assim que se tornou o terceiro maior zagueiro artilheiro do São Paulo FC. Foram 35 gols em 224 jogos pelo time.

    Caçula de seis irmãos, Alberto Chuairi nasceu e cresceu na Vila Mariana, na zona sul da capital paulista, onde jogava futebol de várzea. Aos 18 anos, foi descoberto por um olheiro e contratado pelo Palmeiras. No clube, foi campeão juvenil e amador e ganhou duas vezes o campeonato paulista. Na final do estadual de 1947, na Vila Belmiro, marcou um gol do meio do campo -o que ajudou na vitória de 2 a 1 sobre o Santos.

    Na passagem pelo São Paulo, de 1951 a 1957, venceu a Pequena Copa do Mundo, no Chile. Também foi convocado para a seleção brasileira e participou de amistosos.

    Era visto pelos outros jogadores como um craque. Dino Sani, meio-campista que participou da conquista da Copa de 1958, elogiava seu passe.

    Um machucado no joelho impediu Turcão de seguir a carreira. Aos 31 anos, saiu dos gramados e entrou para o setor dos negócios. Passou por duas empresas de alimentos, nas quais chegou a gerente de vendas, e se aposentou.

    Segundo os filhos, Turcão se orgulhava de fazer parte da história do futebol, além de ser bem-humorado e amoroso. Só nunca revelou para qual time torcia. Dizia-se dividido entre os dois clubes da capital pelos quais jogou.

    Ele morreu no domingo (21), aos 86 anos, de falência múltipla de órgãos. Viúvo, deixa quatro filhos, quatro netos e uma bisneta.

    coluna.obituario@uol.com.br

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