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    Droga incita violência na escola, aponta pesquisa de sindicato

    DE SÃO PAULO

    10/05/2013 03h10

    A presença das drogas no ambiente escolar é o principal motivo apontado por professores da rede estadual de ensino de São Paulo para a criação de situações de violência dentro da escola.

    44% dos professores dizem ter sofrido agressão em escolas

    A constatação é de pesquisa divulgada ontem pela Apeoesp (sindicato estadual dos professores).

    Em 42% dos casos, os entrevistados disseram que o aluno sob efeito de drogas foi a razão que motivou a violência. Em seguida, com 29%, estão as ações do tráfico de drogas e alunos sob efeito de álcool como as motivadores.

    O levantamento, realizado pelo instituto Datapopular, ouviu 1.400 professores, por telefone, em 167 cidades paulistas entre janeiro e março deste ano e tem margem de erro de 2,61%.

    A rede estadual paulista conta com 230 mil docentes.

    A pesquisa indicou também que 84% dos entrevistados disseram ter tido conhecimento de algum caso de agressão dentro da escola onde trabalham, e 44% dos professores pesquisados afirmam ter sofrido algum tipo de agressão (física, verbal ou assédio) no ambiente escolar.

    A agressão mais comum presenciada, de acordo com a pesquisa, é a verbal (74%), seguida do bullying (60%) e do vandalismo (53%).

    Felippe Angeli, coordenador do Sistema de Proteção Escolar da Secretaria de Estado da Edução, afirma que "a preocupação com a questão das drogas não se limita às escolas e é algo que está inserido em um contexto maior da sociedade".

    Segundo o coordenador, a secretaria está "atuando em conjunto com as forças de ordem para coibir a ação do tráfico nas escolas, assim como está sendo fortalecida a estrutura de segurança no ambiente escolar".

    Angeli afirmou ainda que professores da rede estadual estão fazendo cursos de capacitação para que consigam "mediar conflitos com mecanismos que incentivem a discussão e abordagens diferentes para os problemas que surjam na escola".

    A secretaria informou que ainda não recebeu oficialmente os dados divulgados pelo sindicato e que quer analisar a metodologia aplicada.

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