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    Movimento contra aumento da passagem marca novo protesto para terça em SP

    DE SÃO PAULO

    09/06/2013 19h14

    O MPL-SP (Movimento Passe Livre - São Paulo), uma das organizações responsáveis pelos protestos contra o aumento das tarifas de transporte público na capital, divulgou uma nota pública neste domingo (9) em que critica declarações do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e convoca uma nova manifestação para a terça-feira (11).

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    Os reajustes nas passagens de ônibus, trens e metrô entraram em vigor no dia 1 de junho, passando de R$ 3,00, para R$ 3,20.

    No texto, o grupo diz que a desoneração dos impostos sobre os combustíveis --medida defendida por Haddad como alternativa para baixar a tarifa de ônibus-- é uma bandeira dos empresários do ramo: "desonerar impostos, aumentar subsídios e ainda aumentar a tarifa".

    Em entrevista a "O Estado de S. Paulo", o prefeito disse que buscaria ajuda do governo federal para municipalizar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), imposto federal que incide sobre os combustíveis.

    Haddad também disse que seriam necessários R$ 6 bilhões para a implantação da tarifa zero no sistema de ônibus da capital, uma das reivindicações do MPL, e que não haveria como obter esses recursos, em detrimento de investimentos em outras áreas.

    No comunicado, o MPL rebate dizendo que a previsão orçamentária da cidade passou de R$37 bilhões em 2012 para R$43 bilhões em 2013 - "os 6 bi necessários para a tarifa zero".

    Sobraram críticas também para o bilhete único mensal, projeto de Haddad que só beneficiaria 10% dos usuários, segundo o movimento, e para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

    "O governador Geraldo Alckmin parece não ter entendido (ou finge que não entendeu) que as mobilizações não são apenas contra o aumento das tarifas de ônibus: os aumentos do metrô, CPTM e dos intermunicipais são igualmente injustos", diz o texto.

    O movimento marcou um novo ato na av. Paulista, com concentração na praça do Ciclista, às 17h da terça-feira, além de prometer ocupar "ruas dos bairros ao longo de toda semana".

    PROTESTOS ANTERIORES

    Na semana passada, manifestantes pararam vias importantes da cidade em pleno horário de pico. Na noite de quinta-feira (6), o protesto na av. Paulista terminou em confronto com a polícia e acusações de vandalismo e violência por parte de alguns integrantes da passeata. O Metrô de São Paulo estimou em R$ 73 mil os prejuízos no primeiro dia, sendo R$ 68 mil em vidros quebrados e R$ 5.000 com luminárias danificadas.

    No dia seguinte, ocorreram longas paralisações na av. Brigadeiro Faria Lima e na marginal Pinheiros. Nas duas ocasiões, os protestos contaram com milhares de participantes.

    Ontem, um grupo de 9 pessoas de outros movimentos pararam novamente a marginal Pinheiros no sentido Castello Branco. A interrupção durou aproximadamente 5 minutos.

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