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    Em Paris, Alckmin, Haddad e Temer criticam destruição durante protesto

    GRACILIANO ROCHA
    DE PARIS

    12/06/2013 09h05

    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) chamou de "baderneiros" os manifestantes envolvidos em atos de depredação durante o protesto de ontem (11) contra o reajuste das passagens do transporte público em São Paulo.

    O prefeito Fernando Haddad (PT) também criticou os atos de violência que ocorreram em São Paulo e que foram deflagrados, segundo ele, por "pessoas inconformadas com o Estado democrático de Direito".

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    Tanto Haddad quanto Alckmin defenderam os reajustes na tarifa de ônibus, trens e metrô por estarem abaixo da inflação e criticaram os manifestantes que estiveram envolvidos em destruição e confrontos. Os dois participaram agora há pouco de uma solenidade em Paris, onde foi apresentada da candidatura de São Paulo à Expo 2020.

    "É intolerável a ação de baderneiros e de vândalos destruindo o patrimônio público e devem pagar por isso. É patrimônio coletivo. Destruir ônibus, que é exatamente para servir a população, é inaceitável", disse o governador.

    Segundo ele, a polícia vai identificar os responsáveis por atos de violência, que devem ser punidos.

    O prefeito disse que a manifestação corria pacificamente até o momento em que parte dos manifestantes começou a provocar o confronto.

    "A liberdade de expressão está sendo garantida, mas as pessoas não estão fazendo uso adequado dessa liberdade de expressão. Os métodos não são aprovados pela própria sociedade", disse Haddad.

    O prefeito criticou uma parte dos manifestantes, que passou a provocar distúrbios enquanto o protesto ainda era pacífico.

    "Pessoas inconformadas com o Estado democrático de Direito passam a adotar outro tipo de postura: de provocação, intimidação, agressão e depredação", declarou.

    O vice-presidente, Michel Temer, também comentou as cenas de violência de ontem em São Paulo: "A liberdade que a Constituição garante é a liberdade de expressão, não a de agressão".

    O PROTESTO

    A manifestação realizada ontem reuniu 5.000 pessoas, segundo a PM, e foi a mais violenta em comparação com os dois protestos que ocorreram na semana passada. Ontem, dois ônibus foram parcialmente incendiados, agências bancárias e lojas foram depredadas e 20 pessoas foram detidas.

    As ruas da região central da capital viveram um clima de guerra durante o protesto, que durou mais de cinco horas. Manifestantes lançaram pedras e paus contra a PM, que revidou com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás pimenta. Segundo a PM, grupos atiraram até coquetéis molotov contra os policiais.

    O ato foi organizado pelo Movimento Passe Livre, que se diz apartidário. A manifestação contou com a participação de partidos políticos de esquerda e movimentos anarquistas. O grupo se diz contrário à violência e admite que não conseguiu controlar os manifestantes. Em sua avaliação, o confronto foi resultado de uma "revolta popular" e da violência excessiva da PM.

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