O "TV Folha" deste domingo foi às ruas acompanhar as manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus na cidade de São Paulo.
A jornalista Giuliana Vallone, atingida no olho direito por uma bala de borracha disparada por um policial durante manifestação na quinta-feira passada relatou como foi atingida.
"Eles já tinham mirado em mim outras vezes. Jamais achei que ele fosse atirar", diz.
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Além de Giuliana, outros 14 jornalistas foram atingidos por policiais enquanto realizavam a cobertura das manifestações --seis são da Folha.
Segundo o colunista Gilberto Dimenstein, a manifestação é uma resposta ao "vandalismo metropolitano". Para ele, a educação, a saúde e o transporte não funcionam como deveriam. "Com a polícia não poderia ser diferente".
Para o colunista Luiz Felipe Pondé, as manifestações estão revelando um "saudável hábito de reclamar das coisas" --processo esse, considerado lento e trabalhoso para o também colunista Contargo Calligaris, "porém é um projeto de melhoria econômica do país", afirma.
O vereador de São Paulo e ex-capitão da Rota Conte Lopes (PTB) defendeu a ação da polícia durante os protestos. Para ele, a Tropa de Choque "não foi feita para dialogar".
De acordo com o coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, a atuação da PM não admite excesso de conduta de seus pares. "Não houve nenhum interesse em impedir a cobertura jornalística", alegou.