A Prefeitura de São Paulo desistiu da construção das obras de apoio viário do Arco do Futuro, principal promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT).
Durante apresentação dos resultados das audiências sobre o Plano de Metas 2013-2016, nesta manhã na Câmara Municipal, a secretária de Planejamento e Gestão, Leda Paulani, disse que os projetos são caros e que a prefeitura não tem condições de fazer. O prefeito não compareceu ao evento.
"O projeto não se reduz as obras do apoio viário. Isto é apenas um dos elementos, o projeto continua existindo. O principal do Arco do Futuro é levar emprego onde tem moradia e moradia onde tem emprego, isso será feito", disse a secretária. Questionada ela não falou em valores que serão economizados com a desistência.
O Arco do Futuro é o nome dado pela gestão petista a um grande plano de reforma urbana ao longo de grandes avenidas. Uma das linhas-mestras é a marginal Tietê, que está, do ponto de vista geográfico, na parte central do projeto.
A revitalização da região passa exatamente pela construção dos chamados apoios norte e sul da marginal, duas grandes obras viárias previstas desde a gestão anterior e que agora estão descartadas pela prefeitura.
O apoio sul seria uma via paralela à marginal, de 8,4 km, da avenida Santos Dumont à avenida Aricanduva. Ao norte, haveria outra via, de 17,5 km, interligando a Via Dutra à região de Pirituba.
Segundo Leda Paulani, a prefeitura também retirou a obra do túnel da avenida Roberto Marinho das metas de governo.
A secretária disse ainda que a prefeitura pretende ampliar o Programa de Proteção ao Pedestre na cidade e que o Executivo deve desistir da Operação Delegada, bico oficial feito por PMs, no período noturno.
No total são 123 metas, associadas a 20 objetivos. Os resultados apresentados nesta sexta-feira serão divulgados também em outras duas audiências públicas nas subprefeituras nos dias 24 e 31.
Após as discussões, as metas serão incluídas no Plano Plurianual 2014-2017 e na Lei Orçamentária Anual de 2014.