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    Morador de rua é levado da Sé para tenda precária em São Paulo

    CÉSAR ROSATI
    DE SÃO PAULO

    10/10/2013 03h40

    A Prefeitura de São Paulo realizou ontem uma operação para a remoção de moradores de rua acampados na praça da Sé, no centro da capital. O local para onde eles foram encaminhados, porém, é uma tenda sem água, luz nem estrutura para recebê-los.

    A ação foi coordenada pelas secretarias de Assistência Social, Saúde e Habitação, com parceria da GCM (Guarda Civil Metropolitana).

    Uma equipe de assistentes sociais foi responsável por convencer as cerca de 20 pessoas, segundo projeções da GCM, a deixar a Sé.

    A equipe prometia um novo lugar para morar, mesmo que provisoriamente por um mês, no parque Dom Pedro 2º.

    Outra forma de convencer as pessoas a saírem da região era o pagamento de um auxílio-moradia e a inscrição na fila habitacional de São Paulo.

    Isabel Bueno, coordenadora de proteção especial da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, disse, durante a abordagem dos moradores da Sé pela manhã, que as pessoas não ficariam desamparadas.

    "Todos serão cadastrados na tenda que temos no parque Dom Pedro e encaminhados para programas sociais como a bolsa-aluguel", explicou.

    O morador de rua Lenildo da Silva, 38, foi recepcionado no "novo lar" por três agentes da saúde e outros três da assistência social.

    Nenhum deles soube lhe informar se podia ficar ali ou não --nem onde seria feito o cadastramento nos benefícios prometidos.

    O espaço tinha somente um banheiro --em péssimas condições de higiene. Faltavam torneiras. A sujeira era visível e os moradores de rua improvisavam abrigos com lonas, cobertores ou barracas de camping.

    Segundo a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer, no espaço para onde os moradores foram encaminhados será montado um centro de acolhida para moradores de rua, principalmente aqueles com problemas com drogas.

    A secretária não soube dizer por que as pessoas estavam sendo orientadas a se mudar --nem se vão receber os benefícios prometidos.

    Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
    Lenildo da Silva, 38, e sua mulher foram levados pela prefeitura para uma tenda improvisada sem água e luz no centro de SP
    Lenildo da Silva, 38, e sua mulher foram levados pela prefeitura para uma tenda improvisada sem água e luz no centro de SP

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