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    Carolina Evaldo Zilio (1936-2013) - Lina, uma pianista apaixonada pela família

    ANDRESSA TAFFAREL
    DE SÃO PAULO

    23/11/2013 00h01

    Quando tinha apenas 11 anos, Carolina Zilio e as três irmãs mais novas foram abandonadas pelo pai. Como a mãe não tinha condições de criá-las, cada uma das pequenas foi para a casa de uma tia.

    Apesar de viverem separadas fisicamente, eram extremamente ligadas, inclusive com a mãe, união que permaneceu por toda a vida.

    As lembranças do abandono, no entanto, não impediram Lina de acreditar na família. Alegre, sempre focava o lado bom das pessoas.

    Gostava muito de artes e, com a ajuda de amigos, aprendeu a tocar piano ainda na juventude. Purista, tinha a música erudita como sua preferida. Não chegou a tornar-se uma concertista, mas promoveu músicos, principalmente pianistas.

    Criou a orquestra da igreja Congregação Cristã do Brasil da qual participava, na zona sul de São Paulo. Era a coordenadora da área de música e principal organista.

    Conheceu o marido, Arnaldo, durante uma carona para o litoral paulista --ela e as irmãs adoravam ir à praia. Tinham personalidades muito diferentes, mas foram casados por mais de 50 anos, até maio, quando ficou viúva.

    Desde a infância, era a "capitã" da turma, sempre tomando a frente em qualquer situação. Falante, tinha extrema facilidade para interagir e fazer amizades.

    Morreu anteontem, em decorrência do mal de Parkinson, aos 77 anos. Deixa os três filhos, Arnaldo, Ana Maria e João --que também é pianista--, e os três netos.

    coluna.obituario@folha.com.br

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