Apesar de 73 dos 76 policiais acusados pela mortes de presos terem sido condenados, o comandante da PM na operação Carandiru na época do massacre, coronel Ubiratan Guimarães, não chegou a ser punido.
Ele morreu em 2006 -antes de esgotar todos os recursos na Justiça.
Em 2001, ele foi condenado a 632 anos de prisão por 105 das 111 mortes.
Cinco anos depois, o Tribunal de Justiça absolveu o coronel ao entender que o júri quis inocentá-lo ao aceitar a tese de estrito cumprimento do dever.
Depois de responder a esse item, os jurados decidiram que houve excesso doloso (criminoso) na ação de Ubiratan, o que deu base para a primeira sentença.
A decisão em segunda instância causou polêmica reações contrárias.
Na época, a maioria dos jurados que participou do julgamento de 2001 afirmou que votou conscientemente e que a condenação representou a vontade do júri.
O processo, porém, foi extinto com o assassinato do coronel, antes do final do imbróglio.
"O processo acaba quando o réu morre. Não tem condenação nem absolvição definitiva", afirma o juiz José Augusto Nardy Marzagão.