A Justiça absolveu, pela segunda vez, três policias da Rota (tropa de elite da PM paulista) acusados de torturar e matar um suspeito já rendido, em maio de 2012. A decisão ocorreu na quarta (14).
A decisão dos jurados foi influenciada, em parte, pelo testemunho do empresário e apresentador Roberto Justus, que prestou depoimento em favor de um dos policiais, que faz segurança à família dele há mais de 15 anos.
Segundo o advogado Celso Vendramini, Justus foi convocado por conhecer o sargento Carlos Aurélio Thomaz Nogueira. "Sobre o crime ele não sabe, não falou nada."
Os outros PMs absolvidos são o cabo Levi Cosme de Silva Júnior e o soldado Marcos Aparecido da Silva.
O primeiro julgamento dos PMs foi anulado após o tribunal entender que a decisão contradizia provas dos autos.
Uma delas era o testemunho de uma mulher que viu o momento em que o suspeito Anderson Minhano, 31, foi retirado do carro policial e baleado pelo grupo de PMs.
A mulher, que não teve o nome divulgado, não foi encontrada para depor de novo.
Minhano estava em um lava-rápido na zona leste quando os policiais chegaram.
Houve um tiroteio e seis foram baleados. No caminho para o hospital, um carro da Rota parou na rodovia Ayrton Senna, onde a vítima foi baleada e morreu.
Minhano era suspeito de ter comandado a tortura e morte de um PM.