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    Empreendimentos negam ocupação de áreas irregulares em São Paulo

    DE SÃO PAULO

    22/08/2014 07h50

    Clubes, shoppings, bancos e universidades negam ter ocupado áreas públicas de maneira irregular na cidade de São Paulo. O caso foi levantado pelo colunista da Folha, Guilherme Boulos, em sua coluna semanal.

    Boulos é coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e escreveu que ao menos 18 entidades privadas, entre shoppings e clubes, ocupam irregularmente áreas públicas em São Paulo . O colunista usa como base de sua argumentação o relatório da CPI das áreas públicas, feita em 2001 pela Câmara Municipal de São Paulo.

    Os clubes Alto de Pinheiros, dos Oficiais da PM e Esporte Clube Pinheiros, citados na coluna, negam qualquer irregularidade na ocupação de áreas da cidade. Além disso, o Esporte Clube Pinheiros afirma não ter sido citado no relatório da CPI da Câmara.

    O banco Itaú, o banco Bradesco, a Unip (Universidade Paulista) e a Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) também negam ter cometido irregularidades de ocupação irregular do solo.

    Os clubes Espéria e Ipê afirmam que funcionam em conformidade com a legislação e que operam em regime de concessão, que os obriga a manter atividades de esporte e lazer voltados à sociedade. Os dois dizem participar com constância de projetos sociais e de promoção ao esporte da Prefeitura de São Paulo.

    Já o Círculo Militar diz que sempre atuou com autorização de um termo de permissão de uso, com prestação de contrapartidas à sociedade. No entanto, diz que a renovação desse termo deveria ter sido feita em 2012 e só não ocorreu, devido à demora de sua aprovação na Câmara Municipal de São Paulo.

    Também citados na coluna, os shoppings Continental e Eldorado, o clube Paineiras Morumby, a Unisa (Universidade de Santo Amaro), os supermercados Extra e Pão de Açúcar não responderam à Folha.

    O shopping Center Norte e a Casa de Cultura Israel não irão se pronunciar sobre a coluna. O Tribunal de Justiça de São Paulo também não comentará as acusações de que a justiça paulista teria sido negligente com as supostas irregularidades de ocupação de grandes entidades privadas na cidade.

    Procurada, a Colgate-Palmolive ainda não se manifestou a respeito.

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