Em meio século de vida religiosa, dom Beda dedicou-se a diversas funções, de arquivista a reitor de colégio. A atividade que mais lhe deu prazer, no entanto, foi ajudar a erguer mosteiros beneditinos.
Trabalhou, entre outros, na construção do Mosteiro de São Bento de Brasília e no de Fortaleza, onde vivia desde 1993. Era o prior do convento da capital cearense, além de abade emérito do de Olinda.
Se dependesse de Antonio Pereira de Holanda (nome de batismo de dom Beda), a vida religiosa teria começado ainda na adolescência. Seus pais, porém, acharam que seria melhor se ele completasse 18 anos antes de sair de casa.
Para começar os estudos monásticos, Antonio precisou trocar a pequena Ouricuri, no interior pernambucano, por Garanhuns, a cerca de 450 km de distância.
Ao longo de seus 76 anos, moraria em diversas cidades, algumas de sua terra natal, como Olinda e Camaragibe —onde se formou em filosofia e teologia—, e também em municípios de outros Estados, como João Pessoa e Manaus.
Dom Beda, que levava o nome de um monge inglês do século 7, reservava as horas que tinha de folga para as leituras, que muito apreciava.
Pelos demais religiosos, era visto como um pai, devido ao seu espírito acolhedor e aconselhador —e, ao mesmo tempo, brincalhão.
Havia cerca de cinco anos foi diagnosticado com câncer na coluna. Morreu na segunda-feira (15), de complicações causadas pela doença. Deixa seis irmãos e sobrinhos.
A missa do sétimo dia será rezada no domingo (21), a partir das 10h, no Mosteiro de São Bento de Fortaleza.