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    Rio de Janeiro

    Ministério Público pede que polícia esclareça fatos obscuros no caso DG

    DO RIO

    12/03/2015 18h28

    A 15ª Promotoria de Investigação Penal do Ministério Público devolveu, nesta quinta-feira (12), à 13ª DP (Ipanema, zona sul do Rio) o inquérito sobre a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, que foi baleado por um PM na comunidade Pavão-Pavãozinho, na zona sul. Segundo o MP, ainda existem informações que precisam ser esclarecidas.

    O Ministério Público quer que os peritos da Divisão de Homicídios, responsáveis pelo laudo de reprodução simulada, prestem esclarecimentos sobre informações que "estariam obscuras". Uma das explicações requisitadas é o fato de a camisa do dançarino não apresentar nenhuma perfuração, apesar de o laudo de exame cadavérico indicar os orifícios de entrada e de saída do projétil de arma de fogo.

    Domingos Peixoto/Agência o Globo
    A apresentadora Regina Casé chora durante velório do dançarino DG, que trabalhava em seu programa
    A apresentadora Regina Casé chora durante velório do dançarino DG, que trabalhava em seu programa

    A Promotoria fixou o prazo de 15 dias a partir do recebimento do inquérito para o envio dos esclarecimentos. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público no último dia 4.

    No inquérito, o delegado titular da 13ª DP, Gilberto Ribeiro, apontou sete policiais militares envolvidos no crime. Além de Walter Saldanha Correia Junior, que é apontado como o responsável por ter efetuado os disparos, quatro policiais vão responder a acusações de falso testemunho e prevaricação. Os dois PMs que encontraram o corpo de DG também serão indiciados por falso testemunho.

    Sobre as lesões encontradas no corpo de DG, o delegado disse que são explicadas pela queda que ele sofreu durante a fuga.

    "Após ser alvejado, ele correu e pulou sobre uma caixa d'água, cuja tampa quebrou. Por isso o corpo estava molhado. Depois ele se levantou e correu. No desespero, pulou [de uma altura de] cerca de sete metros, se machucou mais e morreu no local."

    Já para Maria de Fátima Silva, mãe do dançarino DG, faltam evidências para comprovar a versão apresentada pela polícia. "Não entendi até agora como ele foi baleado e o tiro não furou a camisa. Além disso, não há como ter sofrido uma lesão daquela magnitude, correr e pular. Acho que ele levou um tiro à queima-roupa e [o corpo] foi plantado naquele lugar."

    DG foi encontrado morto próximo a um barranco, dentro de uma creche da comunidade. Ele era dançarino do programa "Esquenta", da TV Globo, e sua morte causou uma série de protestos. Um desses atos resultou na morte de outro rapaz.

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